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Imagem de uma escultura  em homenagem ao petróleo venezuelano, em Caracas: em agosto, as exportações de petróleo do país caíram para cerca de 544 mil barris por dia
Imagem de uma escultura em homenagem ao petróleo venezuelano, em Caracas: em agosto, as exportações de petróleo do país caíram para cerca de 544 mil barris por dia| Foto: EFE/Rayner Peña R.

Em agosto, as exportações de petróleo da Venezuela caíram 38% em relação ao mês anterior, quando haviam atingido o patamar mais elevado dos últimos três anos.

Uma análise feita pela agência de notícias Reuters, consultando fontes que monitoram o tráfego marítimo e documentos internos da PDVSA, a estatal de petróleo do regime venezuelano, apontam que a empresa está enfrentando desafios significativos, que incluem a escassez de capital e a persistente deterioração de sua infraestrutura, como nas unidades que transformam seu petróleo bruto pesado em graus exportáveis.

Segundo a análise, esses fatores, somados às sanções impostas pelos Estados Unidos desde 2019, têm limitado a capacidade da empresa de sustentar o aumento das receitas provenientes das exportações de seu petróleo.

Em agosto, as exportações de petróleo venezuelano caíram para cerca de 544 mil barris por dia (BPD). Em julho, as exportações estavam em cerca de 877 mil (BPD), de acordo com os dados de rastreamento de embarcações da LSEG Eikon.

Durante este ano, a Venezuela ainda conseguiu impulsionar em parte sua produção e exportação de petróleo devido a menos interrupções na produção em geral e à extensão da autorização para a Chevron operar parcialmente no país, concedida pelos Estados Unidos em novembro do ano passado.

A Chevron enviou aproximadamente 147 mil BPD de petróleo para suas refinarias e outros compradores nos Estados Unidos. Porém, isso representa uma redução em relação aos 161 mil BPD exportados em julho.

A Venezuela também exportou cerca de 214 mil toneladas de produtos petrolíferos e petroquímicos em agosto, uma diminuição significativa em relação às 412 mil toneladas de julho, conforme indicam os dados.

A China permanece sendo o principal destino para a maioria das exportações de petróleo e combustível dos países membros da OPEP.

Apesar disso, diversas falhas estão atingindo a produção da estatal venezuelana. No mês passado, dois projetos de mistura de petróleo operados conjuntamente pela PDVSA e pela China National Petroleum Corp (CNPC) enfrentaram interrupções que os paralisaram. Um deles retomou as operações em 16 de agosto, de acordo com documentos internos da PDVSA.

No melhorador de petróleo Petropiar, operado pela PDVSA e pela Chevron, encarregado do processamento de petróleo pesado, ocorreu uma falha de manutenção em uma unidade de destilação a vácuo. A instalação retomou completamente as operações, em 9 de agosto, processando cerca de 110 mil BPD desde então.

O melhorador Petromonagas, operado pela PDVSA e pela empresa russa Roszarubezhneft, ficou sem diluentes, deixando-o inoperante no mês passado. Uma quarta instalação de melhoramento na região do rio Orinoco, a Petrocedeño, reduziu seu processamento de petróleo devido a problemas com uma caldeira (equipamento responsável por eliminar gases tóxicos e reaproveitar o calor para a geração de vapor e energia), de acordo com documentos internos.

Apesar desses desafios, porta-vozes da PDVSA afirmaram nas redes sociais esta semana que "estão aumentando a produção de seus graus de petróleo mais leves". Em julho, a Venezuela produziu um total de 810 mil BPD de petróleo, um aumento de 11% desde janeiro, de acordo com dados oficiais.

A PDVSA também intensificou os envios de petróleo bruto, óleo combustível, misturas de gasolina e óleo diesel para Cuba, atingindo cerca de 65 mil BPD em agosto, em comparação com os 53 mil BPD em julho.

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