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Militares americanos em Hong Kong
Arquivo: Pessoal da Marinha dos EUA a bordo do USS Makin Island durante uma visita de escala a Hong Kong, em 2014| Foto: Anthony WALLACE/AFP

Em retaliação a uma nova legislação americana em apoio aos protestos pró-democracia em Hong Kong, a China decidiu banir navios e aeronaves militares dos Estados Unidos de fazer paradas de descanso e recuperação no porto da cidade semiautônoma chinesa. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (2) pelo Ministério das Relações Internacionais da China.

"Em resposta aos comportamentos irracionais do lado americano, o governo chinês decide suspender a revisão dos pedidos de navios e aeronaves militares dos Estados Unidos para visitar Hong Kong a partir de hoje", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em entrevista coletiva em Pequim.

A China também anunciou que vai impor sanções a várias organizações não-governamentais americanas de direitos humanos que monitoram e relatam os protestos em Hong Kong, como a Human Rights Watch, Freedom House, National Endowment for Democracy, International Republican Institute e National Democratic Institute for International Affairs. "Existem muitas evidências de que essas ONGs apoiaram as forças anti-China para criar o caos em Hong Kong e as incentivaram a se envolver em atos criminosos violentos extremos e atividades separatistas pela 'independência de Hong Kong'", disse ela.

A lei dos Estados Unidos em apoio a manifestantes de Hong Kong, assinada pelo presidente Donald Trump na semana passada, permite a Washington impor sanções e até suspender o status especial de comércio de Hong Kong se houver violações de direitos na cidade.

A medida aumenta a tensão entre os dois países enquanto eles tentam chegar a um acordo para colocar fim à guerra comercial. Se as negociações falharem, novas sanções comerciais dos Estados Unidos devem entrar em vigor em 15 de dezembro, com a taxação de 15% sobre US$ 150 bilhões de produtos chineses. A China promete retaliar, aumentando tarifas sobre US$ 75 bilhões de bens dos Estados Unidos - inclusive a soja.

Conteúdo editado por:Isabella Mayer de Moura
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