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Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? | Reuters/Arquivo
Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias?| Foto: Reuters/Arquivo

Paris – Após 12 anos como presidente da França, Jacques Chirac despediu-se ontem dos franceses. Em um discurso televisionado, o presidente pediu a união do país e disse estar orgulhoso de seu trabalho. Aos 74 anos e mais de 4 décadas como político, Chirac passará o poder ao também conservador Nicolas Sarkozy. A cerimônia de posse do novo presidente será às 11 horas (6 horas de Brasília) de hoje.

A aposentadoria de Chirac, no entanto, pode ser manchada por investigações de corrupção durante seu mandato como prefeito de Paris entre 1977 e 1995. O presidente perderá sua imunidade um mês após deixar o cargo. Fontes judiciais disseram que o juiz que investiga o financiamento ilegal de seu partido pode convocar Chirac para depor em junho.

Ontem, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé testemunhou sobre outro caso de corrupção. Juppé era o responsável pelas finanças e assessor financeiro de Chirac.

Ao longo de sua carreira política, Chirac foi várias vezes acusado de corrupção, mas conseguiu, até hoje, evitar processos judiciais.

Em seu discurso, no entanto, Chirac afirmou que passará o poder a Sarkozy, "com o orgulho do dever cumprido". Ele pediu que o país permaneça unido. "A nação é uma família. Esta ligação que nos une é nosso bem mais precioso", disse.

O presidente afirmou ainda que está confiante de que o país continuará liderando as questões européias. "A França mostrará que é uma nação exemplar, uma nação que lidera a construção da Europa, uma nação generosa."

Chirac também desejou sorte a Sarkozy, que terá a "missão de guiar a França para o futuro". O discurso televisionado de Chirac foi o primeiro desde a saída de Valerie Giscard em 1981.

Ontem, o primeiro-ministro Dominique Villepin e os 30 ministros do governo francês apresentaram sua renúncia a Chirac. O presidente despediu-se de Villepin, leal partidário, com um forte aperto de mão na porta do Palácio do Eliseu.

Chirac afirmou que pretende criar uma fundação para o desenvolvimento sustentável e o diálogo entre culturas.

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