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Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira em choques armados entre seguidores do grupo islâmico Hamas e do nacionalista Fatah na cidade cisjordaniana de Ramallah, informaram fontes médicas e testemunhas. Os choques ocorreram durante uma manifestação organizada pelo movimento islâmico no centro da cidade, na saída das tradicionais preces das sextas-feiras na mesquita Abdel Nasser.

Os manifestantes, muitos deles armados, enfrentaram seguidores das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, vinculados ao Fatah, um dia depois de confrontos em Rafah, nos quais um guarda-costas do primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, morreu e 20 pessoas ficaram feridas em um tiroteio entre seguidores do Hamas e membros da Guarda Presidencial.

O porta-voz do Hamas Ismail Radwan leu hoje um comunicado do grupo em entrevista coletiva realizada em Gaza, acusando diretamente Mohammed Dahlan, deputado do Fatah na localidade de Khan Yunes (Gaza), de "liderar uma revolta para derrubar o Governo".

O movimento islâmico também exigiu que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, retire suas forças do terminal de Rafah e das ruas palestinas "porque fracassaram em garantir a segurança de seus residentes e disparam contra eles".

O presidente da ANP expressou seu pesar pelo tiroteio de ontem à noite na passagem fronteiriça de Rafah, durante a entrada de Haniyeh em Gaza, segundo a agência de notícias palestina "Wafa".

No entanto, muitos seguidores do Hamas acusam os membros da Guarda Presidencial, que controlam o funcionamento do terminal fronteiriço de Rafah, de serem os responsáveis pelos choques de ontem.

Haniyeh retornou ontem à noite a Gaza, após permanecer retido durante várias horas do lado egípcio da passagem fronteiriça de Rafah por ordem israelense, para impedir que ele introduzisse no território o dinheiro arrecadado em uma viagem por países da região, o que levou centenas de seguidores do Hamas a invadir o cruzamento para protestar contra a medida.

As autoridades israelenses anunciaram que a entrada de Haniyeh seria permitida se ele deixasse o dinheiro.

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