Choques entre rebeldes e Exército deixam 52 mortos no Sudão

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Pelo menos 52 combatentes, entre rebeldes e membros do Exército do Sudão, morreram nesta quinta-feira (10) na província de Cordofão do Sul durante confrontos após um suposto ataque dos insurgentes à cidade de Taludi.

O prefeito da cidade, Maqbul Hayam, disse que o ataque resultou na morte de sete soldados e de 45 milicianos do Movimento Popular para a Libertação do Sudão/Setor Norte (MPLS-N), que há meses mantém combates nesta região com as tropas governamentais.

Após o choque, no qual também ficaram feridos cinco civis, entre eles um bebê e duas mulheres, o Exército decidiu reforçar suas posições na área, acrescentou.

Além disso, o governador assegurou que as tropas sudanesas destruíram dois veículos blindados dos rebeldes, que aparentemente são membros da ramificação nortista do grupo que governa o Sudão do Sul, que se tornou independente em julho.

Hayam afirmou que os motoristas dos blindados são do Sudão do Sul já que foram encontrados "documentos e dinheiro desse país". Já o chefe do Exército sudanês nesta província, general Bachir Meki al Bahi, citado pela agência de notícias sudanesa "Suna", insistiu que suas tropas conseguiram repelir o ataque do MPLS-N.

A cidade de Taludi já foi palco de um ataque similar no fim de outubro, quando o Exército disse ter causado centenas de mortos e feridos entre os insurgentes.

A luta entre o Exército sudanês e o MPLS-N em Cordofão do Sul começou em 5 de junho, e os grupos assinaram um acordo de cessar-fogo na Etiópia. Entretanto, o presidente sudanês, Omar al-Bashir, ordenou pouco depois a suas tropas que prossigam a luta para expulsar os rebeldes.

Além de Cordofão do Sul, com a independência do Sudão do Sul se desencadearam enfrentamentos na província de Nilo Azul, que segundo anunciou recentemente o Exército já está controlada pelas tropas governamentais.

Em 28 de setembro, al-Bashir afirmou que não negociaria com os rebeldes destas províncias como fez com os da região sul.

Cordofão do Sul é uma das províncias com maior valor estratégico do país, já que é a mais rica em petróleo localizada no Sudão desde a cisão do Sudão do Sul.