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Jerusalém - O complexo da ONU foi alvejado por bombas de fósforo?

Os sinais indicam que sim.

O incêndio incontrolável e a densa nuvem de fumaça branca mostram que não foram simples disparos de canhão.

Quantas pessoas havia no local?

Centenas de civis apavorados. Temos pelo menos 36 mil civis refugiados em 36 escolas das Nações Unidas. Uma das bombas caiu no jardim, a outra no centro de treinamento. As labaredas se alastraram rapidamente, atingindo o depósito. Centenas de toneladas de ajuda humanitária foram perdidas. Os caminhões não puderam circular durante boa parte do dia, mas decidimos manter as operações de ajuda a qualquer custo.

Israel alega mais uma vez que o ataque foi uma resposta a disparos de membros do Hamas vindos de dentro do complexo...

São alegações infundadas.

Se realmente houve infrações da lei de ajuda humanitária internacional, que Israel nos deixe chegar até lá e ver o que houve. Na semana passada, quando o Exército alvejou a escola de Jabaliya, também houve este tipo de alegação e tantas outras. Essa confusão de versões torna qualquer justificativa pouco confiável. É preciso fazer investigações sérias e e se forem confirmados disparos de dentro das instalações da ONU, como eles dizem, que a Justiça seja feita aos culpados.

Esta é uma guerra perdida para os serviços de socorro e, principalmente, para a população civil?

É extremamente frustrante, mas não perdida. Eu e todo o mundo nos sentimos mal, mas não podemos nos permitir sequer este sentimento. O nosso foco está totalmente concentrado em como o 1,5 milhão de palestinos da Faixa de Gaza está se sentindo, abandonado e aterrorizado. Com fome, sede, frio e necessitando de ajuda médica e psicológica. Trata-se de uma catástrofe humanitária sem precedentes.

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