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Episódios começaram na embaixada americana em Cuba em 2016, onde mais de 40 funcionários sofreram os sintomas
Episódios começaram na embaixada americana em Cuba em 2016, onde mais de 40 funcionários sofreram os sintomas| Foto: Departamento de Estado dos EUA

A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) concluiu que a princípio nenhum governo estrangeiro está por trás da chamada síndrome de Havana, que estaria causando danos cerebrais a diplomatas e outros funcionários públicos americanos em representações no exterior.

“Avaliamos que é improvável que um ator estrangeiro, incluindo a Rússia, esteja conduzindo uma campanha mundial sustentada para prejudicar funcionários dos EUA com alguma arma ou mecanismo”, afirmou um alto funcionário da CIA ao Washington Post, sob a condição de anonimato.

Entretanto, o mesmo funcionário disse que fica ainda em aberto a possibilidade de que uma potência estrangeira esteja por trás de casos que não podem ser explicados por questões médicas ou outros fatores. A Rússia havia sido apontada como a principal suspeita.

Os episódios começaram na embaixada americana em Cuba em 2016 (o que levou à criação do termo síndrome de Havana), onde mais de 40 funcionários sofreram os sintomas neurais debilitantes que caracterizam a síndrome - fortes dores de cabeça, perda de visão e audição, vertigem contínua e danos cerebrais - e tiveram que deixar a capital cubana para tratamento.

Depois, investigadores do governo americano apuraram informações sobre mais de mil casos entre funcionários de inteligência, diplomáticos e militares registrados em todos os continentes, exceto na Antártida.

Um grupo de defesa das vítimas da síndrome de Havana criticou a conclusão da CIA. “O relatório recém-divulgado pela CIA pode ser rotulado como ‘provisório’ e deixar a porta aberta para alguma explicação alternativa em alguns casos, mas para dezenas de funcionários públicos dedicados, suas famílias e seus colegas, tem o aspecto de algum propósito e repúdio”, afirmou o grupo em comunicado.

A associação acrescentou que a decisão de divulgar o relatório agora e com este enfoque representa uma “quebra de confiança” e dá a aparência de uma tentativa de “minar” as tentativas de investigar o assunto, mas destacou que a conclusão é apenas da CIA e a avaliação não foi coordenada juntamente com outras agências governamentais.

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