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Um civil sírio morreu neste sábado em Baba Amr, um bairro rebelde de Homs (centro), onde recomeçaram os bombardeios pelo 22º dia consecutivo, no dia seguinte à evacuação de sete feridos e 20 mulheres e crianças, anunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanhos (OSDH).

Também foram registrados violentos confrontos entre o exército e os militares desertores, que tentam impedir que as forças do regime de Bashar al Assad entrem em Izaz, na província de Alepo (norte).

Na véspera, países árabes e ocidentais intensificaram a pressão sobre o regime do presidente sírio pedindo o fim imediato da violência no país e a adoção de novas sanções contra Damasco, ao final da conferência internacional dos "Amigos da Síria".

Em uma declaração final, o grupo de 60 países pediu ao governo sírio o "fim imediato de toda forma de violência" para permitir o ingresso de ajuda humanitária e se comprometeu a "tomar medidas para aplicar e reforçar as sanções contra o regime".

Os participantes do encontro prometeram "tomar medidas para aplicar e reforçar as restrições e sanções sobre o regime como uma mensagem clara para o governo sírio de que não pode atacar civis impunemente".

Também reconheceram o principal grupo opositor, o Conselho Nacional Sírio (CNS), como "um legítimo representante dos sírios que buscam uma mudança democrática pacífica".

Por outro lado, a declaração se limitou a "tomar nota do pedido da Liga Árabe para que o Conselho de Segurança da ONU emita uma resolução para formar uma força de paz conjunta árabe e das Nações Unidas (...), e decidiu continuar as discussões sobre as condições de deslocamento de uma força tal".

Em um primeiro indício de que o aumento da pressão pode estar dando certo, ambulâncias da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho entraram no distrito sitiado de Baba Amr, em Homs, e retiraram sete sírios feridos em bombardeios das forças do regime.

Aos menos 53 pessoas foram mortas em novos atos de violência na sexta-feira, dois dias antes de os sírios votarem uma nova Constituição que poderá por um fim a 50 anos de dominação do Partido Baath, embora mantenha poderes amplos para o presidente.

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