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Outrora considerado um dos principais pesquisadores na área de células-tronco da Coreia do Sul, Hwang Woo-suk anunciou nesta segunda-feira (17) ter clonado oito filhotes de coiotes em seu laboratório no país. Hwang informou ter usado a mesma técnica que desenvolveu para clonar pela primeira vez um cachorro, em 2005.

"Injetamos uma célula somática de coiote no óvulo de uma cadela e produzimos um embrião clonado", disse. "Os filhotes nasceram 60 dias depois que transplantamos os embriões foram implantados no útero da cadela".

Hwang foi condenado por fraude e desvio de recursos públicos em 2009 após escândalo envolvendo sua pesquisas ter estourado em 2005. Neste ano e no anterior, o cientista anunciou duas descobertas consideradas enormes avanços então. Na primeira, em 2004, ele teria conseguido criar embriões humanos clonados viáveis. Já na segunda, em 2005, uma técnica inovadora teria permitido a ele clonar células-tronco e programá-las de acordo com as necessidades do paciente, levantando esperanças de que a técnica poderia ser usada para regenerar órgãos danificados e tratar doenças degenerativas como o mal de Alzheimer.

Artigos sobre as duas descobertas foram publicados pelo pesquisador na revista "Science" em 2004 e 2005, mas revisão feita por comitê da Universidade Nacional de Seul, onde trabalhava, apontou falhas éticas e experimentais em ambas. Entre os problemas apontados, ele teria obrigado assistentes femininas de seu laboratório a doarem os óvulos usados nas pesquisas com células-tronco e falsificado resultados, o que o pesquisador nega.

Em 2006, o governo da Coreia do Sul proibiu Hwang de voltar a trabalhar com células-tronco. Ajudado pela fama conquistada, no entanto, o cientista conseguiu apoio do governo da província de Gyeonggi para continuar suas pesquisas sobre clonagem de animais. Agora na Sooam Biotech Research Foundation, ele pretende usar sua técnica para resgatar animais extintos.

"Depois de seis anos de inovação, atingimos uma taxa de sucesso de 50%", afirmou. "Pretendemos aplicar as habilidades que ganhamos no trabalho com cachorros em animais que estão ameaçados de extinção".

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