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Óculos com fluído permite ajuste do foco de visão | Divulgação
Óculos com fluído permite ajuste do foco de visão| Foto: Divulgação

O físico atômico Joshua Silver, da Universidade de Oxford, com talento para o improviso, teve uma ideia para tornar os óculos de grau mais acessíveis para aqueles que vivem em países pobres. Nos anos 1980, Silver começou a criar lentes cujo foco podia ser mudado pelo usuário.

Ele projetou e desenvolveu a lente líquida, formada por duas camadas de membranas transparentes flexíveis preenchidas por um fluído. A curvatura é alterada pela adição ou drenagem do líquido, tornando as lentes mais fortes ou fracas.

"Após alguns meses eu percebi que poderia criar lentes muito boas opticamente. Eu iniciei um diálogo com a Organização Mundial de Saúde. En­­contrei o diretor do programa de prevenção à cegueira e perguntei a ele quantas pessoas no mundo precisavam usar óculos e não tinham um. Ele afirmou se tratar de aproximadamente 1 bilhão", afirma Silver.

Usando subsídio do governo britânico, o cientista desenvolveu um par de óculos prático e ajustável. As duas lentes são preenchidas com um fluido de silicone transparente por meio de controles que ficam dos dois lados da armação.

O usuário coloca os óculos e, em seguida, gira os controles até a visão ficar satisfatória. Os óculos não corrigem o astigmatismo, afirmou Silver. "Para muitas pessoas, basta corrigir a ametropia esférica para obter visão suficiente para exercer suas atividades", explica.

O controle e o dispositivo injetor podem ser removidos após o ajuste. Um porém é o fato de a armação não ser bonita – ela é grossa e redonda como era a do filósofo Jean-Paul Sartre. Mais de 30 mil pares estão sendo usados por pessoas em idade adulta em todo o mundo.

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Técnica de clonagem produz células-tronco

Cientistas norte-americanos usaram pela primeira vez uma técnica de clonagem para obter células-tronco embrionárias dentro de óvulos humanos não fertilizados, numa descoberta histórica e possível ponto de discórdia para os críticos da pesquisa de células-tronco.

Os pesquisadores estavam tentando provar que é possível usar uma tecnologia de clonagem chamada transferência nuclear de células somáticas (TNCS) para produzir células-tronco embrionárias que correspondam ao DNA de um paciente.

O feito, publicado nesta semana na revista Nature, é significativo porque essas células específicas de um paciente podem potencialmente ser transplantadas para substituir células danificadas em pessoas com diabete ou outras doenças sem serem rejeitadas pelo sistema imune.

A técnica pode deflagrar mais polêmica, pois alguns opositores consideram que ela seja clonagem, à qual se opõem ferozmente. As células-tronco são as células mestres do corpo, o material fonte para todas as ou­­tras células.

Os partidários das células-tronco embrionárias afirmam que elas poderão transformar a medicina, proporcionando tratamentos para a cegueira, a diabete juvenil ou ferimentos graves.

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"Muitos acreditam que o Nobel é uma conquista pessoal, mas na verdade é uma realização da Astronomia e da Ciência, que vêm se desenvolvendo nos últimos 100 anos."

Brian Schmidt, pesquisador norte-americano e um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Física 2011.

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