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| Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Cientistas europeus se depararam com uma descoberta um tanto quanto assustadora em pleno Oceano Atlântico. Enquanto estudavam maneiras de combater a pesca ilegal na região, eles acabaram se deparando com nada menos do que com um peixe pré-histórico de 300 dentes que parece mais uma mistura de um tubarão com uma cobra gigante saída de algum filme de terror.

A descoberta realmente parece o roteiro de um novo Jurassic Park, mas com uma importância científica muito maior. Embora com uma aparência assustadora, o animal é uma das criaturas mais raras e antigas do planeta — um Chlamydoselachus anguineus, popularmente chamado de tubarão-enguia.

O nome é uma clara referência ao seu visual. Ao contrário das demais espécies de tubarões, o contemporâneo dos dinossauros tem a cabeça arredondada e se assemelha muito a uma enguia. Além disso, sua boca possui nada menos do que 300 dentes muito finos e afiados, o que apenas deixa sua aparência ainda mais medonha.

Segundo os cientistas, esse animal pode chegar a quase 2 metros de comprimento e pode ter sido a principal referência para a criação do mito das serpentes marinhas, que povoava o imaginário europeu desde as Grandes Navegações. Basta olhar para o sorriso dentado do tubarão-enguia para entender por que ele logo virou um monstro marinho para o povo da época.

Porém, a estimativa é que o tubarão-enguia seja muito mais antigo do que isso. Segundo os biólogos responsáveis pela descoberta, o fóssil-vivo não só dividiu o planeta com dinossauros como pode também ter testemunhado o fim da Pangeia, o grande continente que existia sobre a terra antes da movimentação tectônicas.

São 300 dentes alinhados em 26 fileiras: sorriso mortalReprodução/Wikimedia Commons

Sorriso mortal

É claro que o fator histórico impressiona, mas o que realmente chama a atenção no tubarão-enguia é sua nada simpática arcada dentária. São 300 dentes tão finos e pontiagudos quanto agulhas e separados em nada menos do que 25 camadas.

Toda essa estruturada serve para que o bote da criatura seja capaz de perfurar o corpo de suas vítimas com facilidade, sejam elas peixes, polvos, lulas e até mesmo outros tubarões.

E, embora seja um animal tão fascinante quanto antigo, os cientistas sabem muito pouco sobe ele, já que ele costuma viver em regiões muito profundas do oceano, geralmente próximo ao Japão, Nova Zelândia e Austrália. No caso, a espécie foi encontrada próximo a Portugal. Em 80 milhões de anos, foram poucas as vezes em que os humanos puderam conferir esse pequeno monstro marinho de perto — o que torna a descoberta recente tão impactante.

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