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A linha que separa os organismos vivos das máquinas ficou mais tênue. Pesquisadores italianos anunciaram o desenvolvimento de "neuro-chips", criados a partir da fusão de células cerebrais ativas e circuitos de silicone, informou nesta segunda-feira o site "Live Science". a longo prazo, o feito pode permitir o desenvolvimento de computadores orgânicos, capazes de processar números usando neurônios ativos, ou mesmo a criação de sofisticadas próteses neurais, capazes de tratar distúrbios neurológicos.

Para criar o "neuro-chip", a equipe de pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, comprimiu mais de 16 mil transistores eletrônicos e centenas de capacitadores em um chip de silicone de apenas um milímetro quadrado de tamanho.

- Os neurônios promoveram a ligação entre os canais iônicos dos neurônios e materiais semicondutores de forma que os sinais elétricos neurais pudessem ser transmitidos para o chip de silicone - explicou o pesquisador Stefano Vassanelli.

As proteínas permitiram que os componentes eletrônicos do "neuro-chip" e as células ativas se comunicassem entre si. Os sinais elétricos dos neurônios foram gravados usando os transistores do chip, enquanto os capacitores do chip foram usados para estimular os neurônios.

Segundo os pesquisadores, pode levar anos até que a tecnologia avance o suficiente para tratar distúrbios neurológicos ou criar computadores vivos. A curto prazo, no entanto, os chips poderiam ser de grande utilizada para a indústria farmacêutica.

- Companhias farmacêuticas poderiam usar o chip para testar os efeitos das drogas nos neurônios e descobrir novas possibilidades de tratamento - afirmou Vassanelli.

Os pesquisadores trabalham, agora, no desenvolvimento de maneiras de evitar danos nos neurônios durante a estimulação. A equipe também explora a possibilidade de uso de instruções genéticas neurológicas para controlar os "neuro-chips".

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