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Pelo menos 52 novas espécies de animais e plantas foram identificadas por cientistas na ilha de Bornéu, no Sudeste Asiático, anunciou nesta terça-feira o Fundo Mundial da Natureza (WWF, da sigla em inglês).

A descoberta realizada no último ano em Bornéu inclui 30 espécies únicas de peixes, duas de sapos arborícolas, 16 de plantas de gengibre, três novas árvores e uma espécie de planta de grandes folhas.

Os cientistas acharam um peixe minúsculo - o segundo menor vertebrado do mundo, com menos de 1 centímetro de comprimento. O animal vive nos ácidos pântanos de turfa da ilha, cujas águas são negras, afirmou o relatório.

Entre as novidades também estão seis peixes de briga Siameses, entre os quais um com uma marca verde-azulada brilhante, e uma lampréia com dentes protuberantes e uma barriga capaz de grudar nas pedras.Reuters / O betta uberis, tipo de peixe siamês, também está na lista de animais e plantas descobertos- Essas descobertas confirmam o status de Bornéu como um dos mais importantes centros de biodiversidade do mundo - afirmou Stuart Chapman, coordenador internacional do Programa Coração de Bornéu, do WWF. - Quanto mais espécies procuramos, mais espécies encontramos - acrescentou.

Muitas destas espécies foram descobertas no "coração de Bornéu", em uma área de 220 mil quilômetros quadrados encravados em uma região montanhosa com vegetação silvestre.

Segundo o relatório, esse habitat vem sendo ameaçado pelo desmatamento realizado para a produção de borracha, de óleo de palmeira e de madeira para celulose.

Desde 1996, o desmatamento em toda a Indonésia aumentou para atingir uma média de 2 milhões de hectares por ano. Hoje, está preservada apenas metade da área original de floresta de Bornéu, afirmou o WWF.

- As florestas remotas e inacessíveis do Coração de Bornéu são uma das últimas fronteiras mundiais para as ciências e muitas novas espécies continuam a serem descobertas ali - acrescentou Chapman.

Segundo o membro do grupo ambientalista, as florestas de montanha eram essenciais também porque nelas nascem muitos dos grandes rios da ilha e porque funcionam como uma barreira natural contra os incêndios florestais.

O WWF disse esperar que a Indonésia, o Brunei e a Malásia, que compartilham a administração de Bornéu, cumpram a promessa de conservar a vegetação de terras altas da ilha.

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