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Momento em que o carro atingia as pessoas que participavam da festividade do Dia da Rainha | Robin Utrecht/REUTERS/Pool
Momento em que o carro atingia as pessoas que participavam da festividade do Dia da Rainha| Foto: Robin Utrecht/REUTERS/Pool

Um ataque contra a família real chocou a Holanda, nesta quinta-feira (30), nas celebrações do Dia da Rainha, feriado nacional no país. Um Suzuki Swift preto furou o esquema de segurança e atropelou várias pessoas antes de bater forte contra o obelisco da entrada do parque Het Loo, para onde seguia o ônibus que levava a rainha Beatrix e o príncipe herdeiro Guilherme Alexandre. Cinco pessoas morreram e 12 ficaram feridas, quatro delas em estado grave.

O motorista foi levado para um hospital também em estado grave. A polícia não conseguiu interrogá-lo. O ministério público da Holanda, porém, confirmou que a ação "foi um atentado contra a família real". O promotor Ludo Goossens afirmou que a conclusão era baseada nas poucas palavras sussurradas pelo motorista aos policiais e médicos que o socorreram.

A polícia não revelou a identidade do motorista, apenas disse que era um holandês de 38 anos sem ficha criminal nem histórico de problemas mentais. Dirigindo em alta velocidade, ele conseguiu passar por duas barreiras de segurança e por pouco não atingiu o cortejo real, que havia entrado no parque segundos antes.

Imediatamente após o ataque, a polícia vasculhou a casa do motorista, na cidade de Huissen, no norte do país, mas não revelou nenhum detalhe da busca, apenas que ele morava sozinho.

Filmagens da rede de televisão que cobria o evento mostraram que, mesmo após atingir a multidão e ficar parcialmente destruído, o carro continuou avançando em alta velocidade até bater em um monumento de pedra.

O promotor público Ludo Goossens disse que o incidente parece ter sido um ato deliberado, possivelmente com motivação ideológica, mas não qualificou a ação como "terrorista". Segundo Goossens, o motorista feriu-se e está sob custódia da polícia no hospital.

Um dos mortos no incidente chegou a ser levado com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Outros sete permanecem em estado grave.

O pequeno carro preto seguiu em alta velocidade, aparentemente na direção do veículo real, mas acabou passando a poucos metros dele antes de bater no monumento. Pessoas foram alçadas depois que o carro desviou das grades colocadas pela polícia.

Não se sabe como o carro conseguiu entrar na área do desfile, isolada pela polícia horas antes. Após o incidente, investigadores com cães farejadores examinaram o veículo a procura de explosivos, mas nada foi encontrado.

Comoção

As imagens de TV mostram a princesa Maxima, esposa do herdeiro Guilherme Alexandre, olhando com expressão de horror após o carro preto passar entre a multidão e bater em um monumento no centro da cidade. O ônibus real não foi atingido e ninguém do séquito da rainha ficou ferido. O veículo da família real foi imediatamente ao Palacio de Het Loo.

O prefeito de Apeldoorn, cidade situada cerca de 90 quilômetros a leste de Amsterdã, Fred de Graaf, disse que as festividades estavam sendo canceladas. "O medo e as imagens que a família presenciou são razões para cancelar o programa oficial", disse o prefeito.

A programação do feriado nacional também foi suspensa em várias cidades ao redor do país.

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