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A polícia de Cingapura manteve sob cerco durante mais de seis horas um político de oposição, neste sábado, para evitar que ele liderasse uma passeata próximo ao local das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Cerca de 30 policiais cercaram Chee Soon Juan, secretário-geral do minúsculo Partido Democrático de Cingapura, e seis outros ativistas, após Chee tentar conduzir a passeata de um parque no centro da cidade até o centro de convenções Suntec, onde ocorrem as convenções.

Chee queria protestar contra as restrições à liberdade de expressão em Cingapura e a crescente desigualdade social. Os policiais fecharam o parque onde 200 manifestantes e jornalistas se concentravam.

- Eles sabem que o mundo está olhando. Esse é um lado de Cingapura que eles não querem que as pessoas vejam. Eles não querem que as pessoas saibam que nós não temos direitos em Cingapura - declarou Chee, que fez um chamado para que os manifestantes se reunissem de novo no domingo, do lado de fora do Parlamento.

Cingapura, que esperava exibir o seu sucesso econômico ao sediar as reuniões, atraiu em vez disso críticas do Banco Mundial, do FMI e de organizações não-governamentais por discriminar ativistas credenciados. Com milhares de autoridades dos congressos na cidade, incluindo ministros e jornalistas de todo o mundo, as restrições que Cingapura impõe aos seus críticos atraíram atençao internacional.

A operação policial para interromper a passeata ocorre um dia depois de Cingapura anunciar, após críticas do presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, que permitiria a entrada no país de 22 ativistas de uma lista negra de 27.

Na sexta-feira, Wolfowitz afirmou que Cingapura fazia danos a sua própria reputação com tais restrições ``autoritárias''.

Lidy Nacpil, coordenadora internacional da rede de ONGs Jubilee South, afirmou que vários grupos consideram a possibilidade de entrar com uma ação legal contra Cingapura por violação dos direitos humanos, depois que a polícia manteve ativistas incomunicáveis, antes de deportá-los.

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