• Carregando...
Policial passa diante de muro com retratos de Chávez, que revelou estar com outro tumor cancerígeno | Jorge Silva/Reuters
Policial passa diante de muro com retratos de Chávez, que revelou estar com outro tumor cancerígeno| Foto: Jorge Silva/Reuters

A menos de oito meses da eleição presidencial na Venezuela, o anúncio do presidente Hugo Chá­­vez de que viajará para Cuba para ser submetido a uma cirurgia de retirada de um tumor trouxe incerteza a uma atmosfera política já carregada no país.

A nova cirurgia de Chávez não podia ter vindo em um momento pior para o governo, uma vez que o candidato únci das oposição, Henrique Capriles, desfruta dos bons ventos de sua vitória nas primárias. Aos 39 anos, o candidato, que é governador, exala juventude e energia. "Como uma das pessoas de Deus, desejo ao meu rival uma operação bem-sucedida, uma recuperação rápida e uma longa vida", disse ontem Capriles, em um comentário cauteloso no Twitter.

Capriles não quer ser visto exultando os problemas de saúde de Chávez e tenta centrar a campanha em questões como criminalidade e desemprego.

"Calma"

Os aliados do presidente, alguns dos quais haviam negado os ru­­mores de uma piora no estado de saúde de Chávez no fim de semana passado, mudaram rapidamente, pedindo por calma na Venezuela quando ele voltar para Havana.

"Nossa mensagem é de unidade e fé de que o presidente Chávez triunfará sobre esse mais recente obstáculo que a vida pôs no seu caminho", disse o ministro da Informação, Andres Izarra. "A conexão dele com o povo o ajudará a superar qualquer problema de saúde."

Colocando em evidência o si­­gilo que cerca a condição de Chá­­vez, Izarra esteve entre os que condenaram violentamente os rumores de que ele havia ido a Cuba para se tratar durante o feriado do Carnaval.

Ao anunciar que estivera em Havana e precisaria voltar até o próximo fim de semana, Chávez insistiu que a nova operação seria menor do que a primeira cirurgia a que foi submetido em junho e de que estaria bem para a disputa presidencial.

Para seus simpatizantes, po­­rém, ele também disse: "Sou um ser humano, não sou imortal."

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, pediu aos venezuelanos que se unam em torno da saúde do go­­vernante. "Hoje mais do que nunca devemos estar unidos para dar toda a nossa força ao Comandante para sua pronta recuperação", disse Cabello.

Chávez prometeu dar novos detalhes da doença e do tratamento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]