Egito nega entrada de parentes de Kadafi
O governo egípcio negou ontem relatos de que parentes do ex-ditador líbio Muamar Kadafi tenham entrado no país pela fronteira entre o Egito e a Argélia, para onde um grupo de familiares do ex-líder migrou semanas atrás, diz a rede de tevê Al Arabiya.
Mais cedo, o jornal argelino "El Khabar", pró-governo, disse que oito familiares de Kadafi, incluindo muito possivelmente sua filha Aisha, tinham embarcado num voo da Egypt Air na noite de sábado. As informações vieram à tona um dia depois de o governo argelino ter criticado a divulgação de uma fita em que Aisha condena o Conselho Nacional de Transição (CNT).
O chanceler da Argélia, Mourad Medelci, denunciou a gravação como "inaceitável", e afirmou que Argel deveria "tomar providências" contra a família do ex-ditador. Na fita, Aisha diz ainda que seu pai está vivo e continua à frente das tropas leais ao antigo regime.
Folhapress
Centenas de civis fugiram ontem de Sirte, a cidade natal de Muamar Kadafi, por causa da falta de comida e de remédios e dos temores de que suas casas serão atingidas durante confrontos entre forças do novo governo líbio e homens ligados a Kadafi. Também ontem, o ministro interino da Justiça da Líbia, Mohammed al-Alagi, disse que aprovou uma medida para abolir parte do sistema judiciário existente até agora no país, o qual sentenciou antigos opositores às prisões de Kadafi. A medida ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia. O sistema a ser abolido é o dos tribunais de segurança do Estado.
Opositores do coronel líbio lançaram uma ofensiva contra Sirte quase duas semanas atrás, mas enfrentam forte resistência no interior da cidade. Após sangrentos confrontos no final de semana, as forças do novo governo disseram que se retiraram para planejar um ataque e dar mais tempo para que os civis fujam.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte(Otan), que teve um papel importante no combate ao Exército de Kadafi durante a guerra civil líbia, mantém sua campanha desde a queda de Trípoli, no mês passado.
Ontem, a aliança informou que seus aviões atingiram oito alvos militares perto de Sirte no domingo, dentre eles instalações de armazenamento de munição e veículos e um lançador de fo guetes.
Os civis que deixavam Sirte disseram que há falta de comida, combustível, água potável e remédios. Eman Mohammed, médica do Hospital Ibn Sina, no centro da cidade, disse que o local está sem a maioria dos medicamentos necessários e falta oxigênio nas salas de operação.
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