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O ex-presidente norte-americano Bill Clinton lançou no domingo um programa para subsidiar medicamentos contra a malária na Tanzânia, em um teste que pode servir como um projeto para toda a África.

O programa irá disponibilizar remédios ACT a um preço 90 por cento mais baixo que o mercado para um atacadista que o distribuirá em regiões rurais.

A malária, causada por um protozoário transportado por mosquitos, mata até 3 milhões de pessoas por ano e deixa 300 milhões de doentes em estado grave no mundo. Noventa por cento das mortes são na África, ao sul do Sahara, a maioria de crianças.

Muitas dessas vidas poderiam ser salvas com as modernas associações terapêuticas à base de artemisinina (ACT), que são drogas mais efetivas do que as anteriores. Mas o preço de até 8 a 10 dólares por tratamento coloca o medicamento fora do alcance de muitos.

Embora fabricantes como Novartis e Sanofi-Aventis SA tenham reduzido o custo dos medicamentos ACT para cerca de 1 dólar para o setor público, a maioria dos africanos compra os medicamentos de maneira privada.

Na Tanzânia, cerca de metade dos pacientes com malária procuram tratamento por meio de farmácias privadas e não do setor público de saúde, e muitos não podem pagar pelo ACT.

O programa piloto da Iniciativa HIV/Aids da Fundação Clinton é destinado a testar o subsídio do medicamento com o objetivo de ampliar o seu uso, segundo um porta-voz da fundação. O programa será implementado em duas áreas da Tanzânia para um público-alvo de 450 mil pessoas por ano.

Clinton, que está viajando por quatro países da África: África do Sul, Malauí, Zâmbia e Tanzânia, disse após um encontro com o presidente zambiano, Levy Mwanawasa, que sua fundação dará apoio para o treinamento de profissionais de saúde para honrar a impressionante luta do país contra a Aids.

O ex-presidente norte-americano disse que a Fundação Clinton e a UNITAIDS, um grupo internacional, fizeram um acordo com empresas farmacêuticas para a redução de preços de drogas anti-retrovirais para nações pobres.

Os preços dos remédios vão cair 200 dólares por pessoa por ano para cerca de 24 a 60 dólares.

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