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O ex-presidente americano Bill Clinton, em imagem de 2020
O ex-presidente americano Bill Clinton, em imagem de 2020| Foto: EFE/Thais Llorca

Numa nova leva de documentos cujo sigilo foi levantado pela Justiça dos Estados Unidos, uma mensagem de e-mail apontou que o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) teria feito pressão para que uma revista não fizesse reportagens sobre crimes praticados pelo falecido financista Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual e tráfico de crianças.

Na quarta-feira (3), um tribunal de Nova York começou a tornar públicos documentos que fazem parte de um processo por difamação de 2015 movido por Virginia Giuffre, uma das principais denunciantes de Epstein, contra a ex-amante e parceira de negócios de Epstein, a herdeira britânica Ghislaine Maxwell.

A informação sobre a suposta pressão de Clinton sobre a revista Vanity Fair consta da segunda leva de documentos divulgados, tornados públicos na noite de quinta-feira (4). Mais documentos devem ser divulgados nas próximas semanas.

Segundo informações da CNN, num e-mail de 2011 enviado para uma repórter de um jornal britânico, Giuffre alegou que Clinton fez ameaças contra a revista para que não publicasse reportagens sobre tráfico sexual praticado por Epstein.

Giuffre disse na mensagem que estava preocupada em relatar sua história para a imprensa, “considerando que B. Clinton entrou na [sede da] VF [Vanity Fair] e os ameaçou para que não escrevessem artigos de tráfico sexual [sic] sobre seu bom amigo JE [Jeffrey Epstein]”. Giuffre não especificou quando a situação teria ocorrido.

Em comunicado enviado à CNN, Graydon Carter, editor da Vanity Fair entre 1992 e 2017, disse que a pressão relatada por Giuffre “categoricamente não aconteceu”.

Um porta-voz de Clinton não quis fazer comentários sobre o assunto à CNN. O ex-presidente americano não é acusado em processos relacionados a Epstein, assim como outro ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (2017-2021), que também havia sido citado na primeira leva de documentos, divulgada na quarta-feira.

Em relação a essas primeiras revelações, a assessoria de Clinton disse que o último contato do ex-presidente com Epstein ocorreu há mais de 20 anos.

Epstein cometeu suicídio em 2019 em uma prisão federal em Nova York, onde aguardava julgamento por acusações de ter montado uma rede de tráfico sexual de menores de idade a partir de suas mansões nos estados de Nova York e Flórida. As meninas mais jovens tinham 14 anos, de acordo com a acusação. (Com Agência EFE)

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