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Em Londres, simpatizantes de Muamar Kadafi rasgam bandeira que tem sido usada pelos rebeldes que tentam derrubar o regime líbio; o Reino Unido aumentou ontem a pressão contra o ditador | Suzanne Plunkett/Reuters
Em Londres, simpatizantes de Muamar Kadafi rasgam bandeira que tem sido usada pelos rebeldes que tentam derrubar o regime líbio; o Reino Unido aumentou ontem a pressão contra o ditador| Foto: Suzanne Plunkett/Reuters

Opinião

Os árabes serão livres

Roger Cohen, colunista do jornal The New York Times

Três países do Oriente Médio chamam atenção por sua estabilidade em meio ao temporal. São eles Turquia, Líbano e Israel. O que eles têm em comum é que são países onde há eleições.

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O Brasil terá de mandar recursos em uma mala para a embaixada na Líbia. Em meio à guerra civil no país africano, o embaixador George Ney de Souza Fernandes – único diplomata brasileiro ainda em Trípoli – corre o risco de ficar sem recursos para manutenção do posto, depois que os EUA bloquearam as transferências de dinheiro de bancos sediados no país para a Líbia.

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Londres - A coalizão aliada que promove as operações militares na Líbia admitiu ontem estudar meios de prestar auxílio financeiro a rebeldes contra o ditador Muamar Kadafi e não descartou fornecer armas aos insurgentes líbios.

A decisão é nova evidência do alinhamento a opositores líbios, ultrapassando os termos da resolução da ONU.

Reunidos em Londres para debater o futuro da intervenção militar no país, representantes dos países envolvidos defenderam a ideia de que o mandato da ONU permite a revisão do embargo à Líbia.

"A nossa interpretação é de que a resolução [da ONU] alterou a proibição de fornecimento de armas a qualquer destinatário na Líbia, de modo que poderia haver a transferência legítima de armas", afirmou a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Em entrevistas a emissoras americanas, o presidente Barack Obama prometeu pressionar Kadafi até a sua renúncia e também não descartou enviar armas a rebeldes.

A chanceler americana ne­­gou, no entanto, que uma de­­ci­­são nesse sentido já tenha sido tomada, admitindo apenas que "meios não letais" de auxílio às forças rebeldes foram discutidos no encontro.

"Discutimos formas de habilitar o Conselho Nacional de Tran­­sição [governo paralelo rebelde] a ter suas necessidades financeiras", disse.

Recursos

Uma possibilidade é que os países aliados utilizem os cerca de US$ 33 bilhões ligados a Kadafi congelados e fornecer auxílio à oposição.

O representante do conselho rebelde no encontro de Londres, por sua vez, defendeu abertamente o fornecimento de armas à oposição.

"Não temos armas. Queremos apoio político mais que armas. Mas se tivéssemos os dois seria ótimo", afirmou o chefe de im­­prensa do conselho, Mahmoud Shammam.

A coalizão liderada por Esta­­dos Unidos, França e Reino Uni­­do defendeu a continuidade dos ataques até que o ditador Muamar Kadafi aceite promover cessar-fogo.

Hoje, o comando militar das ope­­rações deve ser transferido à Otan (aliança militar ocidental), atendendo ao desejo dos EUA de limitar o envolvimento em novo conflito.

Os países aliados acertaram a formação de um conselho de acompanhamento das operações formado por ONU, União Europeia, Liga Árabe, União Africana e a Conferência Islâ­­mica. A primeira reunião do grupo será no Qatar.

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