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Oriente Médio

Coalizão contra extremistas dará ajuda militar ao Iraque

Bloco formado pelos EUA para destruir o Estado Islâmico aceita participar do combate, mas o papel de cada nação ainda não foi definido

Combatentes peshmergas do Curdistão lutam contra os radicais do Estado Islâmico em Zummar, perto de Mossul, no norte do Iraque | Ahmed Jadallah/Reuters
Combatentes peshmergas do Curdistão lutam contra os radicais do Estado Islâmico em Zummar, perto de Mossul, no norte do Iraque (Foto: Ahmed Jadallah/Reuters)
Kerry, nos bastidores do encontro realizado ontem em Paris |

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Kerry, nos bastidores do encontro realizado ontem em Paris

Quase 30 países presentes em uma conferência em Paris sobre a situação no Iraque concordaram ontem em fornecer ajuda militar ao país para combater os radicais do Estado Islâmico (EI).

O texto não dá detalhes sobre a ajuda militar, mas afirma que combater o EI é urgente. Na abertura da conferência, que reuniu os membros de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, o presidente francês, François Hollande, fez um chamado por uma ação internacional unificada para enfrentar a ameaça do EI.

Os EUA revelaram na semana passada um plano geral para combater os militantes islâmicos simultaneamente no Iraque e na Síria.

O governo norte-americano acredita poder alcançar uma aliança sólida contra o EI, apesar da hesitação entre alguns parceiros e questões sobre a legalidade das ações, especialmente na Síria, onde a facção tem uma base de poder.

A ideia da coalizão foi aceita entre os principais países ocidentais e também por dez países árabes. "A luta do Iraque contra os terroristas é também a nossa luta. Devemos empenhar-nos juntos, este é o objetivo desta conferência", disse Hollande, que na semana passada viajou para Bagdá para se reunir com membros do novo governo do Iraque.

A aviação francesa realizou ontem os primeiros voos de reconhecimento militar no Iraque, como parte dos esforços para lutar contra o EI. A operação havia sido anunciada pelo ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos.

A França disse estar pronta para se juntar aos EUA nos ataques aéreos contra o EI no Iraque, mas diz que limitações legais e militares tornam mais difícil essa ação na Síria.

O novo presidente iraquiano, Fuad Masum, disse esperar que a reunião de Paris traga uma "resposta rápida" contra os extremistas. "O Estado Islâmico tem cometido massacres, crimes de genocídio e limpeza étnica", disse Masum. Ministros das Relações Exteriores dos principais países europeus, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, os vizinhos do Iraque, mais o Catar, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos (países do Golfo Pérsico), se reuniram para discutir os aspectos humanitários, políticos e de segurança no combate ao EI. O Irã, que é muito influente no vizinho Iraque, não está participando da conferência.

Teerã rejeitou um pedido de cooperação feito pelos EUA, afirmou ontem o líder supremo do Irã, Ali Khamenei. "Desde os primeiros dias, o governo dos EUA, por meio de seu embaixador no Iraque, pediu uma cooperação contra o EI", afirmou Khamenei, em seu site oficial. "Recusei porque [os americanos] têm as mãos sujas." Para ele, Washington busca "um pretexto para fazer no Iraque e na Síria o que fez no Paquistão: bombardear os lugares que deseja sem autorização".

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