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O promotor argentino Alberto Nisman, encontrado morto há dez dias, tinha garantido que não usaria a pistola calibre 22 que causou sua morte, disse ontem seu colaborador Diego Lagomarsino, responsável por emprestar a arma e, por enquanto, o único acusado neste caso que comoveu a Argentina. "Não se preocupe porque não vou usar", disse Nisman a Lagomarsino quando o recebeu em seu apartamento, um dia antes de sua morte, que aconteceu por um disparo na têmpora. Segundo a versão de Lagomarsino, quando ele chegou à casa de Nisman, convidado pelo promotor, o encontrou trabalhando com a documentação que ele acredita ser relativa à denúncia apresentada três dias antes contra Cristina Kirchner. Pálido e visivelmente afetado, ele explicou que Nisman disse que queria a arma pois temia pela vida de suas filhas e que não confiava nem mesmo na "escolta policial".

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