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Homem com cólera aguarda atendimento em beira de estrada que leva a Porto Príncipe: falta socorro a doentes | Kamm Nicholas/AFP
Homem com cólera aguarda atendimento em beira de estrada que leva a Porto Príncipe: falta socorro a doentes| Foto: Kamm Nicholas/AFP
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Porto Príncipe - A epidemia de cólera no Haiti fez 305 mortos até ontem, segundo o levantamento do governo. São 13 óbtos a mais do que foi divulgado na quarta-feira, além de 502 no­­vas internações registradas que aumentam o total de enfermos para 4.649.

O ministro da Saúde haitiano, Gabriel Thimoté, informou que análises permitiram determinar que o primeiro caso de cólera foi registrado "no Grand Boucan no departamento do Centro". O maior número de mortes, no entanto, foi constatado no departamento de Artibonite, ao longo do rio com o mesmo nome, em Drouin e Grande Saline, precisou.

"Paradoxalmente, a epidemia começou no centro do país, mas não foi em Artibonite que se descobriu o maior número de casos", declarou o ministro. Questionado sobre a origem da epidemia, ele disse que a cólera pode ter chegado com um portador saudável, haitiano ou estrangeiro. Ele também anunciou que novos testes haviam sido encomendados para determinar a origem.

Advertência

As autoridades da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disseram ontem que o número de mortos e contaminados por cólera no Haiti pode estar subestimado. De acordo com os especialistas, há regiões no país em que as pessoas apresentam diarreia e mal-estar, mas não recebem tratamento médico. Esses casos sequer são registrados como de suspeita da doença. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU). Para os especialistas da Opas, não há sinais de recuo do cólera no país.

A ONU se prepara para que a doença se transforme em uma pandemia, disseminada por todo país. Do Brasil, o Haiti recebeu on­­tem uma carga de 4 toneladas com medicamentos e material hospitalar – frascos de hipoclorito de sódio, sais para reidratação oral, soro injetável, luvas e equipamentos para aplicação de soro. A doação foi enviada on­­tem num avião Hércules C-130, que saiu de Brasília no começo da tarde.

Nos próximos dias, seguirão para o Haiti uma equipe brasileira de enfermeiros e dois médicos epidemiologistas. A ideia é que eles reforcem o plano de contingência para evitar a expansão dos casos de cólera no país. Informações preliminares indicam que há uma concentração da doença em dois departamentos (estados) e que a contaminação ainda não foi registrada em Porto Príncipe, a capital haitiana.

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