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Uribe (centro) juntamente com ministros e comandantes do Exército destitui militares: maior expurgo das Forças Armadas colombianas | Miguel Solano / Reuters
Uribe (centro) juntamente com ministros e comandantes do Exército destitui militares: maior expurgo das Forças Armadas colombianas| Foto: Miguel Solano / Reuters

A Colômbia destituiu nesta quarta-feira (29) 27 militares do Exército, inclusive 3 generais, supostamente envolvidos em violações de direitos humanos, inclusive a desaparição de pessoas posteriormente identificadas como mortas em combate.

Trata-se do maior expurgo recente nas Forças Armadas colombianas, acusadas por entidades de direitos humanos de cometer abusos na sua luta contra a guerrilha esquerdista, esquadrões de direita e narcotráfico.

O caso que levou às destituições se relaciona com a desaparição de pelo menos 19 jovens num bairro operário da zona sul de Bogotá, que posteriormente apareceram mortos no Departamento de Norte de Santander, fronteira com a Venezuela.

As autoridades militares inicialmente informaram que as vítimas haviam morrido em combates com patrulhas do Exército e que faziam parte de grupos armados ilegais, formados por antigos paramilitares.

O presidente Álvaro Uribe admitiu que "pode haver integrantes das Forças Armadas envolvidos nos assassinatos".

Ao anunciar as destituições, ele disse que os militares não podem recorrer à "covardia para enfrentar aos delinqüentes", e que matar inocentes é uma "distorção da eficácia".

Nesta terça-feira (28), a Anistia Internacional pediu à comunidade internacional que suspenda a ajuda militar à Colômbia devido a violações aos direitos humanos. A ONG qualificou o expurgo como "um pequeno passo no longo caminho para encontrar a justiça para os milhares de colombianos vítimas de violações dos direitos humanos".

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