Soldados colombianos com apoio de aviões mataram um importante comandante da guerrilha num ataque ao acampamento rebelde na selva, disseram as autoridades na quinta-feira.
Gustavo Rueda Diaz, conhecido como Martin Caballero, e pelo menos 18 outros guerrilheiros foram mortos na quarta-feira por fuzileiros navais, disse o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, em entrevista coletiva.
Esse acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ficava perto da costa caribenha.
"Os comandantes das Farc deveriam saber que não têm futuro, porque vamos encontrá-los em cada canto do país", disse Santos. "Convido-os a se renderem ou acabarem na cadeia ou na tumba."
Sob o governo de Álvaro Uribe, as forças colombianas encurralaram as Farc nas florestas. Atentados, sequestros e outros crimes comuns nos 40 anos de guerra civil diminuíram, mas os rebeldes, ainda que enfraquecidos, continuam sendo uma força importante em remotas áreas rurais.
Em setembro, as autoridades afirmaram que outro dirigente, Tomás Medina, tinha sido morto junto com 16 companheiros num bombardeio a seu acampamento. Medina, conhecido como Negro Acácio, era acusado de tráfico de armas e drogas para financiar as Farc.
Caballero comandava as operações das Farc na costa norte, e foi responsável, em 2000, pelo sequestro do atual chanceler, nomeado para o cargo depois de ter fugido do cativeiro, no ano passado.
"Em termos militares ele era importante", declarou Alfredo Rangel, da entidade Segurança e Democracia, de Bogotá. "Isso rompe com a estrutura deles no norte do país."
Formadas como exército camponês na luta por um Estado socialista, na década de 1960, as Farc atualmente usam o tráfico de cocaína para financiar suas operações. A segunda guerrilha do país, ELN, que é bem menor, mantém uma conturbada negociação de paz com o governo.
Uribe e as Farc ensaiam uma negociação que levaria à troca de reféns dos rebeldes, como a ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt, por guerrilheiros presos.
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