Cerca de 1.800 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão refugiados na província equatoriana de Sucumbíos para fugir da ofensiva das Forças Militares da Colômbia, revelou na sexta-feira um alto funcionário da segurança.
O funcionário, que pediu anonimato, disse à Reuters que parte dos integrantes das Farc está em dois acampamentos no território equatoriano.
A Colômbia estava disposta a levar ao Equador a informação sobre a localização dos acampamentos rebeldes, mas desistiu por causa da decisão de um juiz de ordenar a captura do comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla de León.
A província equatoriana de Sucumbíos, que faz fronteira com a Colômbia, está na região da floresta amazônica e tem infraestrutura petrolífera.
Foi nessa região que aconteceu o bombardeio das Forças Militares da Colômbia, em 1o de março de 2008, no qual morreu o líder das Farc, Raúl Reyes, e pelo menos 24 pessoas.
O ataque foi descrito pelo presidente do Equador, Rafael Correa, como um massacre que violou a soberania de seu país e causou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia.
O funcionário de segurança assegurou que outros integrantes das Farc estão escondidos entre a população civil. Fontes da inteligência admitiram a possibilidade de que na floresta do Equador estejam refugiados importantes comandantes do grupo rebelde, como fazia Reyes.
De acordo com as autoridades colombianas, o grupo rebelde conta atualmente com 9.000 combatentes e concentra várias de suas frentes no sul do país, onde resiste a uma ofensiva por ar, terra e rios das Forças Armadas.
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