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A Colômbia começou nesta sexta-feira a concentrar em uma só cadeia os guerrilheiros da maior força rebelde do país, num processo anunciado pelo governo como um esforço para obter a libertação da ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt e de outros reféns em poder da guerrilha. A libertação dela é considerada iminente .

Os integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que estavam detidos em 50 presídios de várias regiões do país, começaram a ser concentrados na prisão do município de Chiquinquirá, no Departamento de Boyacá, 120 km a nordeste de Bogotá. Posteriormente eles devem começar a ser soltos.

O governo não havia divulgado o número de guerrilheiros transferidos, nem sua identidade. Mas insistiu que os rebeldes que forem libertados têm de se comprometer a não voltar à luta armada, a trabalhar pela paz e a se submeter à vigilância de um governo estrangeiro ou da Igreja Católica.

As Farc não haviam se pronunciado sobre a decisão unilateral do presidente Alvaro Uribe de libertar vários combatentes. O objetivo de Uribe é que a guerrilha liberte os reféns, alguns mantidos em cativeiro há quase 10 anos. Além de Betancourt, sequestrada há cinco anos, a guerrilha tem em seu poder três norte-americanos, 12 ex-deputados regionais, cinco ex-parlamentares, um ex-governador e vários integrantes do Exército e da polícia.

As Farc querem, em troca da libertação dos cerca de 60 reféns, a soltura de milhares de seus combatentes que estão presos em cadeias estatais e exigem que o governo retire suas forças de uma área de 780 km quadrados, para permitir uma reunião de seus representantes com os de Uribe, a fim de negociar a troca de prisioneiros.

Mas Uribe recusa-se a desocupar a área, alegando que o verdadeiro objetivo da guerrilha é reorganizar várias de suas frentes, abaladas pelas ofensivas do Exército.

Em dezembro de 2004, o governo Uribe indultou e libertou 23 guerrilheiros das Farc. Mas a guerrilha não reconheceu o gesto e afirmou que se tratava de militantes de baixo escalão.

Na soltura proposta por Uribe está incluído Rodrigo Granda, capturado em 2004 em uma operação militar que deflagrou uma crise diplomática com a Venezuela. Ele assumiria a função de negociador para obter a libertação dos reféns, com o respaldo da França, disseram fontes do governo.

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