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Imagem de vídeo mostra o ex-comandante sênior das Farc na Colômbia, Iván Márquez (à esquerda) e o rebelde fugitivo Jesus Santrich, em local não revelado, ao anunciar a retomada do conflito armado em agosto de 2019
Imagem de vídeo mostra o ex-comandante sênior das Farc na Colômbia, Iván Márquez (à esquerda) e o rebelde fugitivo Jesus Santrich, em local não revelado, ao anunciar a retomada do conflito armado em agosto de 2019| Foto: Reprodução / YouTube

Um grupo dissidente das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) confirmou nesta terça-feira (18) que o líder guerrilheiro Jesús Santrich foi morto em confronto na Venezuela.

Mais cedo, o governo da Colômbia informou que estava trabalhando para confirmar a morte de Santrich, que foi um negociador do acordo de paz assinado em 2016 e voltou a se armar em 2019.

"Informação de inteligência aponta que em supostos enfrentamentos ocorridos ontem na Venezuela teria sido morto Santrich e outros delinquentes. Informação em verificação. A se confirmar este fato, comprova-se que narcocriminosos estão refugiados na Venezuela", disse Diego Molano, ministro da Defesa da Colômbia, nesta terça-feira (18) pelo Twitter.

Horas após o comunicado do governo colombiano, dissidentes do Segunda Marquetalia emitiram um comunicado confirmando a morte: "Aconteceu na Serranía del Perijá, uma área de fronteira binacional, entre El Chalet e a aldeia Los Laureles, em território venezuelano. Os comandos colombianos penetraram no local por ordem direta do presidente Iván Duque", alegam os rebeldes.

A nota diz ainda que a caminhonete onde Santrich viajava foi atacada com tiros de rifles e explosões de granadas. "Após o crime, os assassinos cortaram o dedo mínimo de sua mão esquerda. Poucos minutos depois, os comandos foram rapidamente retirados em um helicóptero amarelo que se dirigiu para a Colômbia", continua o texto.

A Colômbia acusa o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de abrigar dissidentes colombianos em seu território, enquanto Maduro diz que seu país é vítima dos criminosos.

Seuxis Pausias Hernández Solarte, mais conhecido pelo seu codinome Santrich, era uma das pessoas mais procuradas da Colômbia. Ele atuou como negociador do acordo de paz entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo colombiano, assinado em 2016, mas foi preso, acusado de continuar traficando drogas após o acordo de paz.

Em maio de 2019, o tribunal especial para a paz da Colômbia decidiu soltar Santrich e não extraditá-lo para os Estados Unidos, onde é acusado de narcotráfico. Em setembro de 2019, ele apareceu em um vídeo, em local não revelado, ao lado de outro guerrilheiro, Iván Márquez, para anunciar que estavam retomando o conflito armado. O grupo de dissidentes estaria radicado na Venezuela, segundo o governo colombiano. Há cinco dias, em 13 de maio, a Corte Suprema da Colômbia aprovou a extradição de Santrich aos EUA.

Existem três hipóteses para a morte do guerrilheiro, segundo o Infobae: que ele foi morto pela Força Armada Nacional Bolivariana (da Venezuela); que morreu em combate com a dissidência de Miguel Botache Santillana; ou que foi assassinado por mercenários.

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