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Embaixada do México em Quito
País afirma que Equador violou a Convenção de Viena que protege as missões diplomáticas ao invadir embaixada na sexta (5).| Foto: José Jácome/EFE

A Colômbia solicitou formalmente neste sábado (6) para que Honduras, que detém a presidência pro tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convoque uma reunião extraordinária da organização para abordar a possível violação por parte do Equador à Convenção de Viena por forçar a entrada na Embaixada do México, em Quito. na noite de sexta (5).

“Diante da situação ocorrida na Embaixada do México em Quito, a Colômbia solicitou formalmente a Honduras, presidência pro tempore da Celac, que convocasse uma reunião extraordinária para tratar deste grave assunto relacionado com a violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, informou o Ministério das Relações Exteriores colombiano.

O pedido foi feito após a polícia equatoriana ter entrado na Embaixada do México para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, a quem o governo mexicano havia concedido asilo político.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que considera que houve uma violação da Convenção de Viena que rege as relações diplomáticas e também da “soberania do México no Equador”.

E antecipou que a Colômbia intercederia perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para solicitar “medidas cautelares a favor de Jorge Glas, cujo direito de asilo foi barbaramente violado” e também solicitaria uma reunião “de urgência" da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Celac.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou o rompimento formal das relações diplomáticas com o Equador, considerando a invasão da embaixada em Quito uma violação da soberania nacional e do direito internacional.

A polêmica ocorreu em um momento de máxima tensão nas relações entre Equador e México, após o governo de Daniel Noboa ter anunciado a expulsão da embaixadora mexicana, Raquel Serur, depois de López Obrador ter feito uma declaração ligando o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio ao resultado das eleições do ano passado, onde o atual mandatário derrotou no segundo turno a candidata correísta Luisa González.

Glas, que foi vice-presidente do Equador durante parte do mandato presidencial de Rafael Correa (2007-2017) e no início do mandato presidencial de Lenín Moreno (2017-2021), estava na embaixada do México no Equador desde o final de dezembro de 2023.

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