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Israel recorda a partir da noite deste domingo seus 23.169 militares, policiais e agentes mortos em serviço, assim como os civis vítimas do terrorismo desde 1860, com o som de sirenas antiaéreas, atos institucionais e visitas a cemitérios.

Ao cair da noite, às 20h locais (14h de Brasília), um alarme de um minuto de duração inaugurará a efeméride, chamada em hebraico de "Yom Hazicaron" (Jornada de Lembrança), após a qual se sucederão atos solenes em todo o país em memória das vítimas.

O principal evento ocorrerá hoje em frente ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, onde o presidente de Israel, Shimon Peres, participará de uma cerimônia de acendimento de uma vela recordativa.

O chefe do Estado Maior, Beni Gantz, participará do ato, que contará com a presença de centenas de soldados e familiares dos mortos, principalmente nas seis guerras que Israel travou com seus vizinhos árabes desde sua criação, em 1948.

Amanhã, às 11h locais (5h de Brasília), as sirenes antiáreas voltaram a ser escutadas, desta vez durantes dois minutos, e como a cada ano muitos abaixarão suas cabeças em sinail de respeito, enquanto os motoristas irão parar seus veículos.

Além disso, os 52 cemitérios militares do país receberão várias cerimônias oficiais e a a previsão é que cerca de um milhão de pessoas participem destes atos.

O Ministério da Defesa informou que 57 soldados morreram nos últimos 12 meses, e que 50 veteranos do exército faleceram por questões de saúde.

Israel não distingue entre soldados mortos em ações bélicas, por enfermidades ou acidentes.

As estatísticas de vítimas nas fileiras do exército ou das milícias judaicas anteriores à criação do Estado de Israel remontam a 1860, ano em que pela primeira vez judeus se instalaram fora da antiga cidade murada de Jerusalém.

O "Yom Hazicaron" é uma das jornadas mais solenes do calendário israelense. Na terça-feira, por sua vez, será comemorado o 66º aniversário da criação de Israel.

Amanhã, o principal ato será realizado no cemitério militar do Monte Herz, em Jerusalém, com a participação do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Além disso, foram convocados atos para homenagear os soldados israelenses das minorias beduína e drusa, e outro para recordar os mais de quatro mil civis mortos em atentados e guerras.

Já o Dia da Independência começará na noite de segunda-feira com o hasteamento da bandeira de Israel no Monte Herz e o acendimento de doze fogueiras em representação às tribos bíblicas de Israel.

O país comemora a data de acordo com o calendário hebraico, pois segundo o gregoriano, Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948.

Há alguns dias, estabelecimentos, veículos, instituições públicas e edifícios privados ondeiam bandeiras de Israel. A festividade é ignorada por duas de suas minorias, os palestinos (cerca de 20% da população) e, por motivos religiosos e antisionistas, judeus ultraortodoxos (cerca de 10% da população).

Todos os anos, o exército impõe um "fechamento geral" do acesso ao país aos palestinos da Cisjordânia, o que não afeta os colonos judeus do território.

O fechamento começará a partir das 18h locais (11h de Brasília) e se manterá até o último minuto de terça-feira, segundo as Forças Armadas, e só serão autorizadas as entradas por questões humanitárias.

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