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Os astronautas do Endeavour confiam na segurança da nave para voltar à Terra, mesmo que a Nasa decida não consertar um pequeno furo na proteção térmica, disse nesta terça-feira o comandante do ônibus espacial. Testes de laboratório e simulações de computador estão sendo feitas em Houston para avaliar se o buraco - pequeno, porém profundo - em duas placas antitérmicas que ficam na barriga da nave pode provocar mais danos quando a nave voltar à atmosfera terrestre.

- Não estou preocupado com a nossa segurança - disse o comandante Scott Kelly em entrevista. - Meu entendimento é que o dano na placa não é uma questão de segurança da tripulação. É mais uma questão da capacidade de reutilizar a nave e de dano à nave. Ainda temos análises em andamento, ainda podemos escolher repará-la.

A decisão deve ser tomada na quarta ou quinta-feira. O ônibus chegou na sexta-feira à Estação Espacial Internacional, levando peças e mantimentos.

- Nós nos sentimos bem confiantes de que podemos lidar com qualquer necessidade que tiver de ser feita - disse a astronauta Tracy Caldwell, que celebrou no espaço seu aniversário de 38 anos.

A Nasa tem três anos para concluir as obras na Estação Espacial Internacional antes da aposentadoria dos ônibus espaciais. Serão necessários pelo menos 11 vôos. Além disso, os ônibus devem fazer duas missões de reabastecimento da estação e uma missão para manutenção no telescópio orbital Hubble.

A tripulação já fez duas das quatro saídas programadas durante a missão, prorrogada de 11 para 14 dias para que os astronautas preparem a estação para a chegada de novos módulos, neste ano.

Também na terça-feira, Caldwell e sua colega Barbara Morgan usaram o braço mecânico de 15 metros do ônibus para levar uma plataforma de 3,5 toneladas da baia de carga do Endeavour para o guindaste da estação, que vai posicionar o material na posição de instalação, do lado de fora.

Morgan, de 55 anos, é uma ex-professora que treinou para ser astronauta pela primeira vez há 22 anos, quando era substituta de outra professora, Christa McAuliffe, que não chegou a entrar em órbita - morreu junto com outros seis astronautas na decolagem do ônibus Challenger, em 1986.

A primeira professora a visitar o espaço diz que pensa em McAuliffe e nos demais tripulantes do Challenger quase todos os dias. "Espero que eles saibam que estão aqui conosco em nossos corações", afirmou.Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa

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