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Tribunal italiano garante que não existe perigo de fuga do comandante Schettino, por isso confirmou sua prisão domiciliar, rejeitando os recursos da defesa e da Promotoria de Grosetto, que pedia a prisão cautelar | REUTERS/Reuters TV
Tribunal italiano garante que não existe perigo de fuga do comandante Schettino, por isso confirmou sua prisão domiciliar, rejeitando os recursos da defesa e da Promotoria de Grosetto, que pedia a prisão cautelar| Foto: REUTERS/Reuters TV

O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, negou ter abandonado o cruzeiro que naufragou na sexta-feira (9) e afirmou ter "salvado milhares de vidas", declarou nesta terça-feira (17) na prisão de Grosseto (centro da Itália) seu advogado, Bruno Leporatti.

O Ministério Público de Grosseto pediu ao juiz do tribunal que mantenha a detenção do comandante, preso desde a catástrofe por homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono de navio. "Ele declarou aos magistrados-investigadores que não abandonou o navio e que ele salvou milhares de vidas", disse Leporatti.

A promotoria italiana solicitou nesta terça-feira ao tribunal de Grosseto (centro) que mantenha a ordem de prisão para o capitão, informou o procurador Francesco Verusio.

"Pedimos aos juízes que confirmem a ordem de detenção", declarou Verusio, que acusa o oficial de ter cometido "erros" na trajetória da rota e durante a evacuação de emergência.

Verusio interrogou nesta terça-feira, durante mais de três horas, o comandante do cruzeiro, Francesco Schettino, de 52 anos, acusado de homicídio múltiplo, naufrágio e abandono do navio.

O oficial corre risco de ser condenado a penas de até 12 anos de prisão.

O diretor executivo da companhia proprietária do navio, Pierluigi Foschi, afirmou na segunda-feira (16) que é indiscutível que houve "falha humana" no acidente, apesar de esclarecer que a empresa prestará apoio jurídico ao oficial. "A companhia também tem a obrigação de proteger seus 24.000 empregados", disse.

Numerosas testemunhas e oficiais da guarda costeira destacaram também que o barco navegava muito perto da costa, fazendo uma manobra chamada "inchino" (reverência em italiano), com todas as luzes e sirenes ligadas, para saudar os 800 habitantes.

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