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Homens se alistam como voluntários para as forças anti-Gaddafi e lutar pela cidade de Bani Walid, na Líbia | Zohra Bensemra/ Reuters
Homens se alistam como voluntários para as forças anti-Gaddafi e lutar pela cidade de Bani Walid, na Líbia| Foto: Zohra Bensemra/ Reuters

As forças do novo governo líbio entraram na sexta-feira (09) em uma das últimas cidades leais a Muamar Kadafi, onde travaram batalhas rua a rua.

"Eles (combatentes anti-Kadafi) estão no norte da cidade enfrentando os franco-atiradores. Também entramos pelo leste", disse Abdallah Kanshil, membro do Conselho Nacional de Transição (CNT), falando dos arredores de Bani Walid, cidade que fica 150 quilômetros a sudeste de Trípoli, no deserto.

Os outros únicos lugares ainda controlados pelas forças pró-Kadafi são Sirte, cidade natal do governante deposto, no litoral, e Sabha, uma remota localidade no deserto. O governo provisório líbio deu até sábado para que esses lugares se rendam, mas Kanshil disse que a ocupação de Bani Walid foi antecipada para proteger os civis.

Ele disse que as forças pró-Kadafi aparentemente receberam reforços recentemente, e que seu contingente está em torno de 600 homens. Segundo Kanshil, os combates já deixaram um morto e quatro feridos no lado do CNT, e três mortos e três feridos no lado de Kadafi. Sete partidários do antigo regime foram detidos, acrescentou.

"Eles (combatentes do CNT) estão envolvidos em combates de baixa intensidade com as brigadas de Kadafi, estamos avançando", afirmou.

Antes, os seguidores de Kadafi dispararam foguetes Grad contra seus inimigos ao norte de Bani Walid e a leste de Sirte, segundo testemunhas da Reuters. O CNT disse que também enviou comboios de combatentes para o sul, na direção de Sabha.

Ultimatos anteriores pela rendição das cidades pró-Kadafi já haviam sido prorrogados anteriormente para permitir negociações com os líderes locais, naquilo que pode ser o capítulo final de uma guerra civil que já dura seis meses.

Perto de Bani Walid, ambulâncias iam e vinham com feridos. Combatentes do CNT apanhavam cestas com granadas e morteiros e corriam para a linha de frente.

Em Teassain, 90 quilômetros a leste de Sirte, testemunhas da Reuters viram violentas trocas de disparos com foguetes entre os dois lados.

A localização de Kadafi, que passou 42 anos no poder, continua sendo um mistério. Num desafiador pronunciamento na quinta-feira, ele disse que permanece na Líbia, pronto para liderar a resistência contra os "ratos" e "cães vadios" que o expulsaram da capital em agosto.

Somando-se à caçada por Kadafi, a Interpol emitiu um mandado de prisão contra ele, contra seu filho Saif al Islam e contra o ex-chefe de inteligência Abdullah al Senussi, todos eles procurados pelo Tribunal Penal Internacional devido a supostos crimes contra a humanidade.

Quatro altos funcionários do antigo regime, inclusive o comandante da Força Aérea de Kadafi e um general encarregado das suas forças do sul, estão entre um novo grupo de líbios que fugiu para o vizinho Níger, segundo autoridades nigerinas.

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