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Às vésperas da festa de ano-novo e do início das férias de verão a maioria dos postos de gasolina argentinos não têm combustível suficiente para atender a população. Desde o Natal os motoristas enfrentam filas quilométricas para abastecer seus automóveis. A presidente da Federação de Empresários de Combustíveis, Rosario Sica, disse que o abastecimento será normalizado apenas na próxima semana.

O governo afirma que o problema ocorre devido ao aumento sazonal da demanda e ao crescimento econômico do país. Mas os números demonstram que a escassez de combustíveis é resultado da baixa produção petrolífera argentina.

Segundo o Instituto Argentino de Petróleo e Gás (IAPG), o país produz atualmente menos gasolina que há 20 anos. Em 1990, a Argentina produziu 7.165.032 de metros cúbicos de gasolina, enquanto em 2009 (último dado anual disponível) a produção foi de 6.035.175 de metros cúbicos.

O IAPG informa que a tendência de queda da produção se acentuou a partir do governo do ex-presidente Néstor Kirchner, em 2003. A produção total de gasolina caiu 16% entre 2003 até 2009.

Em julho passado, nas últimas férias de inverno, a YPF Repsol teve que importar gasolina pela primeira vez. Nos últimos dias, segundo fonte do setor, a companhia voltou a importar.

O consultor do setor energético, Daniel Montamat, ex-secretário de Energia, afirma que nos últimos 20 anos, mesmo com o surgimento de mais de 1,5 milhão de automóveis movidos a gás, a gasolina continua escassa. "Não há nenhuma nova refinaria nem ampliação da capacidade já instalada. Não houve investimentos nem na produção de petróleo, nem para o refinamento", disse.

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