Bagdá Centenas de prisioneiros foram libertados ontem no Iraque, no primeiro ato do plano do primeiro-ministro Nuri al Maliki de soltar 2,5 mil pessoas "contra as quais não haja evidências claras ou que tenham sido detidas por engano. Ao todo, 562 ganharam as ruas.
Alguns, agarrados ao Corão, beijavam o chão. Outros choravam. A maioria foi presa sem nenhuma acusação formal, sob suspeita de envolvimento na insurgência árabe sunita contra o governo, de maioria árabe xiita, apoiado pelos EUA.
A detenção de milhares de iraquianos desde a invasão do país, em 2003, é uma das grandes fontes de descontentamento popular. Calcula-se que haja 28 mil encarcerados atualmente.
Cerca de cem pessoas foram deixadas numa estação de ônibus de Bagdá. "Passei 16 meses na prisão sem razão específica. Eles só me interrogaram uma vez, acusando-me de patrocinar o terrorismo, disse Youssef Khidr, 38.
O contador Hamid Jassim Mohammad, 39, disse ter ficado preso nove meses. "Eles só me interrogaram por cinco minutos, e fiquei na cadeia até hoje. A libertação de ontem foi a maior desde a invasão, em 2003.
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