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Os dois grupos opositores do Sudão do Sul realizaram conversações diretas de paz neste domingo pela primeira vez desde o início do conflito no país, em dezembro. As negociações, concentradas no cessar-fogo e libertação de prisioneiros políticos, colocou representantes do presidente Salva Kiir e do ex-vice-presidente Riek Machar frente a frente em Adis Abeba, na Etiópia.

A violência no Sudão do Sul se estende há três semanas. Kiir diz que tudo começou com uma tentativa de golpe em 15 de dezembro, mas aliados de Machar negam a acusação. Os confrontos começaram como uma disputa política, mas tomaram dimensões étnicas desde então e as tribos estão atacando umas às outras.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 1.000 pessoas morreram e cerca de 200 mil estão desalojadas. Forças rebeldes leais a Machar controlam duas capitais de Estado, dentre elas Bor, que fica a 120 quilômetros ao norte da capital Juba.

Embaixadas, grupos de ajuda e a ONU retiraram seus funcionários do país por temores de que os conflitos possam tomar a capital, como aconteceu nos primeiros dois dias de confrontos.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry declarou neste domingo que o início das conversações diretas é um passo importante, mas que os dois lados precisam colocar os interesses do Sudão do Sul acima de seus próprios. Os Estados Unidos tiveram um papel importante no encerramento da guerra na região. O Sudão do Sul se separou, de forma pacífica, do Sudão em 2011.

"Eu acho que todos nós nos sentimos pessoalmente envolvidos na tentativa de evitar uma guerra tribal e conflitos étnicos, assim como qualquer tipo de resolução de diferenças políticas pela força", declarou Kerry em Jerusalém.

O secretário de Estado afirmou que os Estados Unidos não apoiarão qualquer lado que usar a força para tomar o poder, o que pareceu ser uma mensagem para Machar. Os Estados Unidos também pediram ao governo de Kiir que liberte prisioneiros políticos ligados a Machar para que possam participar das negociações.

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