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Poucas horas após a abertura das urnas na Tunísia, postos de votação apresentavam filas de dobrar quarteirão e alguns eleitores esperavam mais de duas horas na fila. Entre os eleitores estavam mulheres com e sem lenços na cabeça, ex-presos políticos, pais com filhos no colo e jovens cujos comentários no Facebook ajudaram a alimentar a revolução.

Dados oficiais apontam que o comparecimento às eleições históricas na Tunísia neste domingo superou projeções anteriores à votação. "O comparecimento dos tunisianos superou todas as expectativas", afirmou o diretor da Comissão Eleitoral, Kamel Jendoubi, em entrevista a jornalistas. Ele acrescentou que o comparecimento às urnas pode ultrapassar a taxa de 60%.

Segundo informações de agências internacionais, há 7,5 milhões de eleitores em potencial. Os tunisianos elegerão a Assembleia Constituinte que escreverá a nova Constituição e há incerteza sobre o pleito. O poder absoluto e arbitrário do ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali, deposto em janeiro, foi substituído por uma malha fragmentada de 110 partidos políticos e 11 mil candidatos, que concorrem a 218 vagas.

A eleição da Tunísia é a primeira desde a revolta popular que derrubou Ben Ali e desencadeou uma onda de revoluções - batizada de Primavera Árabe - em toda a região. O ditador estava no poder havia 23 anos. As informações da Dow Jones, AP e CNN.

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