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Foz do Iguaçu – A comunidade árabe da tríplice fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina manteve o silêncio ontem após o governo norte-americano ter acusado nove libaneses de enviar dinheiro ao grupo xiita Hezbollah a partir de Ciudad del Este, vizinha a Foz do Iguaçu. Alegando estarem cansados de ver as acusações de terrorismo estampadas nos jornais sem as devidas provas, as lideranças preferiram não comentar o assunto.

Apesar do silêncio oficial, nas ruas de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, o caso foi bastante comentado. Alguns libaneses consultados, que não quiseram ser citados na reportagem, reiteraram a informação de que esse tipo de notícia, que interessa os EUA, prejudica a atividade turística e comercial da região. Eles também alegam que os EUA não mostram provas da existência de células terroristas na fronteira.

Alguns membros da comunidade também fazem questão de dizer que Assad Ahmad Barakat, preso em Assunção, e apontado pelos EUA de liderar um grupo responsável por levantar fundos na fronteira para o Hezbollah, foi condenado por sonegação de impostos e não por ter envolvimento com o grupo xiita, como é propagado.

O tema da sonegação de impostos e falsificação de mercadorias é entre os árabes é recorrente em Ciudad del Este. No Ministério Público do país há vários comerciantes respondendo processos pelos dois motivos.

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