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Ativista americano foi morto a tiros em Nova Iorque, em 1965
Ativista americano foi morto a tiros em Nova Iorque, em 1965| Foto: EFE/Central Press Photos/yv

Dois condenados pelo assassinato do ativista americano Malcolm X serão absolvidos pelo crime, ocorrido em 1965. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pelo The New York Times.

Segundo a reportagem, uma investigação realizada pelo promotor Cyrus Vance apontou que provas da inocência de Muhammad Aziz e de Khalil Islam, incluindo documentos do FBI, não foram disponibilizadas à promotoria e à defesa na época do julgamento.

“Isso aponta para a verdade de que a aplicação da lei ao longo da história muitas vezes falhou em cumprir suas responsabilidades”, disse Vance, que apresentará um pedido para anulação das condenações.

Aziz e Islam, que foram condenados à prisão perpétua no ano seguinte ao crime, sempre alegaram inocência – ambos obtiveram liberdade condicional nos anos 1980. Islam morreu em 2009.

Malcolm X foi assassinado a tiros enquanto discursava num teatro em Nova Iorque. Ao longo das décadas, investigadores independentes questionaram as condenações. Vance abriu a investigação após o lançamento de uma série documental da Netflix sobre o assunto, no ano passado.

A série levanta hipóteses sobre a participação no crime do grupo muçulmano Nação do Islã, do qual Malcolm X fez parte, mas com o qual rompeu e cujo líder, Elijah Muhammad, se tornou alvo de críticas do ativista. O grupo sempre negou participação no assassinato.

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