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Os principais atores

Com baixíssima probabilidade de obter algum êxito significativo, encontro de paz visa a retomar conversas para a criação de um futuro Estado palestino.

George W. BushPromotor e anfitrião da reunião, almeja ao menos fazer com que israelenses e palestinos retomem as conversações de paz, para contar créditos em política exterior no seu governo, que se encerra em janeiro de 2009. Também visa, ao organizar o encontro, obter apoio de países árabes em suas investidas contra o Irã e no isolamento do grupo radical islâmico Hamas, além de na condução da política iraquiana.

Ehud OlmertO premiê de Israel, politicamente enfraquecido e com baixos índices de popularidade em seu país, deseja que o encontro marque apenas a retomada das conversas de paz e não deve se comprometer com nenhuma concessão significativa aos palestinos. Deve insistir em que os palestinos devem conter os ataques de milicianos a Israel.

Mahmoud AbbasO presidente da Autoridade Nacional Palestina se esforça para unir em torno de sua liderança os palestinos, muitos dos quais estão ao lado do Hamas, rival de seu Fatah. Quer que Israel prometa concessões em termos de fronteira e desocupação da Cisjordânia.

Saud al FaiçalMembro da Casa de Saud, a família real saudita, é o chanceler do reino. Sua presença confere legitimidade entre os Estados Árabes ao encontro. A decisão de Bush de organizar a reunião foi em parte resposta a pressões de aliados árabes, que, para contrabalançar o apoio à atuação dos EUA no Oriente Médio, querem fazer avançar a solução para a questão palestina.

Fayssal MekdadA Síria, que integra o "eixo do mal’’, demorou a confirmar o envio de seu chanceler-adjunto ao encontro, sabendo que, como no caso do sauditas, sua participação confere crédito a ele. Quer envolver a devolução das colinas do Golã, tomadas por Israel em 1967, na discussão.

Washington – A conferência de paz que se realiza hoje em Annapolis, no estado de Maryland, deve terminar com uma declaração conjunta de intenções assinada pelo premier de Israel, Ehud Olmert, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

A informação é de um assessor direto do palestino e está sendo encarada com otimismo pelos que duvidavam de resultados mais concretos da reunião patrocinada pelos EUA.

Até ontem, os dois lados ameaçavam soltar documentos diferentes. A falta de um acordo já no plano de intenções colocava em questão a eficácia da reunião antes mesmo de sua realização. "Vamos chegar a um documento em comum'', disse Yasser Abed Rabbo, assessor de Abbas. "Há um esforço persistente dos americanos para que essa declaração saia.''

Em entrevista pela manhã, Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, havia dito que ambos os lados "estão convergindo'' para uma declaração conjunta. "Há várias razões pelas quais Annapolis é importante'', disse; entre elas o documento.

Pré-Annapolis

Olmert e Abbas foram recebidos pelo presidente George W. Bush ontem e se reuniriam em jantar no Departamento de Estado às 19h10 locais (22h10 de Brasília), numa espécie de "pré-Annapolis''.

Nas breves declarações iniciais à imprensa, Abbas, Bush e Olmert se esforçavam na demonstração de otimismo. Depois de dizer que pretendia continuar o "diálogo sério'' para determinar se a paz "é ou não possível'', o presidente o norte-americano afirmou ao israelense: "Estou otimista, sei que você está otimista e agradeço por sua coragem e sua amizade''.

A Abbas, agradeceu por ele "trabalhar duro para implantar uma visão do Estado palestino'' e disse que os EUA não imporiam sua própria visão, mas poderiam ajudar na mediação. O palestino respondeu que espera que a conferência "produza um status permanente de negociações ampliadas''.

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