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Grupo de países que mais batalhava pela criação de metas ambiciosas para proteção ambiental, a União Européia está dividida na 14ª Conferência do Clima das Nações Unidas, em Poznan, Polônia.

Ao mesmo tempo que participam da reunião internacional, delegados dos 27 países-membros do bloco também discutem a adoção do Pacote Energia-Clima, um projeto que prevê redução das emissões de gases de efeito estufa, investimentos em energias renováveis e economia de energia. Essa discussão é crucial para o resultado da Conferência.

O debate no interior da União Européia é importante para a Conferência do Clima porque países como Alemanha, França e Reino Unido são três dos maiores defensores da criação de metas ambiciosas para o acordo pós-Protocolo de Kyoto. Desde outubro, as divergências são crescentes. Na última reunião de cúpula do Conselho Europeu, Itália e Polônia bloquearam um acordo. Agora, a Alemanha também impõe restrições.

O desacordo tem fundo econômico. O Pacote Energia-Clima prevê três metas até 2020 (chamadas 3x20): 20% de redução das emissões de gases-estufa, uso de 20% de energia de fontes renováveis e 20% de economia de energia. As metas têm como referência 1990.

Caso aprovado, o projeto obrigaria as empresas da UE a investir em tecnologias limpas. As companhias poluidoras teriam de pagar multas ou comprar créditos de carbono. Em reação, empresas de setores-chaves, como a indústria metalúrgica, pressionam os governos contra o acordo. Tanto os investimentos quanto as multas resultariam, sustentam, em perda de competitividade em relação às concorrentes de outros países, como China e Índia.

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