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A Conferência de Annapolis, que busca uma solução para o histórico conflito entre palestinos e israelenses, começa oficialmente nesta terça-feira marcada pelo ceticismo. Um dia antes do início do evento, o próprio presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reconheceu que a paz exige difíceis concessões. Com os protagonistas do encontro enfraquecidos e as negociações paralisadas há anos, a descrença domina as expectativas sobre o encontro, classificado pelo "Wall Street Journal" como ''o fiasco de Annapolis''.

Bush convidou representantes de mais de 50 países para o encontro, entre eles o Brasil, adotando uma abordagem de envolvimento direto parecida com a de seu antecessor, Bill Clinton. Na segunda-feira, o presidente iniciou os três dias de intensa diplomacia com reuniões separadasno Salão Oval da Casa Branca, com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas., Depois, durante um jantar no Departamento de Estado, Bush disse estar seguro de que as duas partes estão comprometidas com um avanço.

O presidente disse a Olmert que espera um diálogo sério "para ver se a paz é ou não possível", e agradeceu Abbas "por se empenhar em implantar uma visão para um Estado palestino".

- Os Estados Unidos não podem impor nossa visão, mas podemos ajudar a facilitar - disse Bush a Abbas.

O presidente palestino apontou a necessidade de discutir temas importantes sobre um futuro Estado palestino, e outros temas que em ocasiões anteriores condenaram ao fracasso outras reuniões.

- Temos uma grande esperança de que esta conferência abra um status permanente de negociação sobre temas que podem levar a um acordo de paz entre israelenses e palestinos. Esta é uma grande iniciativa e precisamos de um esforço contínuo - disse Abbas.

Já o primeiro-ministro de Israel ressaltou que o apoio internacional pode fazer a diferença.

- Espero que o encontro sirva para lançar um processo sério de negociação entre nós e os palestinos. Vai ser um processo bilateral, mas o apoio internacional é muito importante para nós - disse Olmert.

O programa oficial começa nesta terça-feira com uma reunião entre Bush, Olmert e Abbas na Academia. Em seguida, o presidente dos EUA fará um discurso e deixará a presidência do encontro nas mãos da secretária de Estado, Condoleezza Rice.

Cerca de 40 países e organizações foram convidados para a reunião, que será realizada na Academia Naval de Annapolis (Maryland). Entre eles estão Síria e Arábia Saudita.

O Ministério de Relações Exteriores da Síria confirmou no domingo a participação do seu país na cúpula de Annapolis. O tema das Colinas do Golã, que o governo sírio considerava condição imprescindível para ir à conferência, está na agenda.

O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McComarck, ressaltou que as duas partes estão convergindo para chegar a um documento final.

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