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Tel Aviv – O conflito com o Líbano começa a pesar no bolso dos israelenses. Desde o começo dos confrontos, há mais de duas semanas, grandes e pequenas empresas baseadas no norte do país – região atingida por bombardeios da guerrilha xiita Hezbollah – encontram dificuldades para funcionar normalmente. Muitas fecharam por falta de trabalhadores. Ou produzem menos do que em tempos de paz, já que os funcionários que se arriscam em comparecer têm que correr para abrigos antiaéreos várias vezes por dia, toda vez que soa a sirene de alerta.

O maior medo dos trabalhadores é o de uma onda de demissões. Firmas ameaçam demitir em massa ou, na melhor da hipóteses, atrasar o pagamento dos salários. Milhares de pessoas entraram em contato com a Histadrut, a confederação dos sindicatos israelenses, reclamando da pressão dos empregadores para que compareçam ao trabalho, apesar dos bombardeios. O governo vai pagar os salários do mês de julho de todos os trabalhadores com carteira assinada de cidades qualificadas de "zona de conflito", nas quais a orientação do exército é que toda a população se refugie em abrigos antiaéreos.

Na região de Haifa, mais de 55% das 1,8 mil fábricas, que empregam pelo menos cinco pessoas estão com as portas fechadas. A crise fez com que o Banco Central de Israel aumentasse em 0,25 ponto os juros básicos da economia, na tentativa de manter investimentos estrangeiros no país. O Produto Interno Bruto (PIB) do país, que, segundo estimativas, cresceria até 5,5% em 2006, deverá crescer só 4%. Isso se a guerra não continuar por muito tempo.

Até agora, o prejuízo só para o setor industrial já ultrapassou a cifra de US$ 90 milhões, segundo estimativas da Confederação das Indústrias de Israel. No setor hoteleiro, a perda estimada é de US$ 30 milhões.

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