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Manifestantes egípcios usam um sapato e uma vassoura para bater na foto do Presidente Hosni Mubarak, durante um protesto na praça Tahrir, no Cairo, em 30 de janeiro de 2011 | MOHAMMED ABED/AFP
Manifestantes egípcios usam um sapato e uma vassoura para bater na foto do Presidente Hosni Mubarak, durante um protesto na praça Tahrir, no Cairo, em 30 de janeiro de 2011| Foto: MOHAMMED ABED/AFP

Bloqueio à internet no Egito é o pior da história

A escala do bloqueio à internet e à telefonia celular em curso no Egito não tem precedentes na história de ambas as tecnologias disseram especialistas. Do presidente norte-americano, Barack Obama, aos milhões de integrantes das redes sociais e grupos de defesa dos direitos humanos, quase todos condenaram a decisão das autoridades egípcias.

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Pirâmides fechadas

As forças militares do Egito fecharam o acesso para os turistas às pirâmides nas cercanias do Cairo, em meio à onda de protestos no país.

Um importante arqueólogo egípcio, Zahi Hawass, disse à rede de televisão estatal neste sábado que estava "seriamente preocupado" com a segurança do Museu Egípcio.

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Milhares de presos fugiram de prisões no Egito, em meio a protestos que já mataram mais de 100 pessoas. Durante os protestos populares, outros três manifestantes morreram no Cairo e três policiais foram mortos em Rafah, elevando para pelo menos 102 o número de pessoas mortas nos protestos que eclodiram na terça-feira, incluindo 33 no sábado, segundo fontes médicas.

A rede estatal de TV do Egito disse que as autoridades decidiram fechar os escritórios no Cairo da rede Al-Jazzera e suspenderam as credenciais dos repórteres, sem citar motivos para a decisão. No passado, as autoridades locais acusavam a cobertura no Egito como sensacionalista e enviesada contra o regime de Mubarak.

Diante da pilhagem crescente durante os protestos, diversos egípcios acreditam que a polícia libertou deliberadamente os prisioneiros para ampliar o caos e enfatizar a necessidade de forças de segurança. Há o registro de que gangues armadas libertaram militantes muçulmanos no país, ao atacarem pelo menos quatro prisões antes da madrugada deste domingo, ajudando a libertar centenas de militantes muçulmanos e milhares de outros detentos, enquanto a polícia desaparece das ruas do Cairo e outras cidades.

A embaixada dos Estados Unidos no Cairo disse aos cidadãos para considerarem deixar o Egito o mais rápido possível e autorizou a partida de dependentes e empregados que não fazem parte da equipe de emergência, em uma manifestação da preocupação crescente de Washington quanto à estabilidade no país aliado.

O exército enviou centenas de soldados adicionais e veículos blindados para as ruas do Cairo e de outras cidades, mas parece tomar pouca ação contra gangues de jovens armados e com bastões que danificavam carros e roubavam pessoas. Pelo menos um shopping no Cairo foi incendiado depois de ser pilhado nos dias anteriores.

O presidente Hosni Mubarak nomeou o chefe da Inteligência, Omar Suleiman, para o cargo de vice-presidente, no sábado, mas os manifestantes dizem que querem a renovação completa da administração. Cerca de quatro mil manifestantes entoavam frase contra Mubarak. Helicópteros do exército voavam baixo sobre o Cairo.

Oficiais de segurança disseram que homens armados trocaram tiros com guardas durante horas nas quatro prisões, resultando na fuga dos presos. Entre os que fugiram das prisões estão 34 membros da Irmandade Muçulmana, o maior e mais bem organizado grupo da oposição. Entre estes estavam pelo menos sete membros graduados do grupo.

Os oficiais de segurança do Egito disseram que diversos detentos foram mortos e feridos, mas não deram números específicos, e falaram sob a condição de anonimato.

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