• Carregando...

Um comandante do Exércio paquistanês, o coronel Haroon-ul-Islam, foi morto neste domingo por militantes islâmicos durante uma operação em que tropas provocavam explosões para cavar buracos em torno de uma mesquita sitiada e tomada por rebeldes.

De acordo com uma reportagem da CNN, três outros militares ficaram feridos durante a operação.

Os barulhos de tiros esporádicos e de pesadas explosões eram ouvidas ao longo de toda a noite e no início da manhã deste domingo, mas as tropas hesitaram em tomar a mesquita.

Em vez disso, eles optaram por demolir pequenas partes do perímetro para permitir que pessoas que estivessem dentro dela pudessem fugir. Muitas eram mulheres e crianças, que podem estar sendo usadas como escudos humanos.

A ocupação da mesquita, por parte de radicais islâmicos, está em seu 6º dia, e eles dizem que preferem morrer como mártires a se entregar.

No sábado, o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, deu um ultimato aos rebeldes:

- À aqueles que permanecem na mesquita, eu peço que se rendam. Se não o fizerem, serão mortos. Eles precisam render-se - disse.

Mais de 1.200 pessoas, principalmente estudantes de duas escolas islâmicas da mesquita, conseguiram fugir, mas oficiais não sabem quantos ainda permanecem como reféns.

Um dos líderes dos rebeldes, Abdul Rashid Ghazi, diz que existem ainda 1.900 pessoas sob seu poder. Seu irmão, no entanto, Maulana Abdul Aziz, diz que são 850. Aziz, o principal clérigo da Mesquista Vermelha, foi capturado na quarta-feira quando tentava fugir da mesquita vestido com uma burca - traje usado por mulheres muçulmanas.

Os familiares das vítimas estão preocupados. Para abafar o poder os rebeldes, a polícia cortou água, gás e luz da mesquita.

Forças paquistanesas atiraram em um tanque de combustíveis dentro da mesquita, causando uma explosão que foi ouvida em toda a capital. Pelo menos 27 pessoas morreram, entre as quais dois estudantes que tentaram se render e que foram mortos por outros estudantes.

A violência teve início na terça-feira quando cerca de 150 estudantes militantes islâmicos atacaram uma unidade da polícia perto da mesquita. Conflitos de rua, então, eclodiram, com a polícia jogando bombas de gás lacrimogênio nos estudantes, que revidaram com armas e pedras. Eles se refugiaram na mesquita onde acontecia um seminário de mulheres.Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]