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Cristãos coptas se reúnem à espera de funeral das vítimas dos confrontos de domingo no Cairo | AFP PHOTO/AMRO MARAGHI
Cristãos coptas se reúnem à espera de funeral das vítimas dos confrontos de domingo no Cairo| Foto: AFP PHOTO/AMRO MARAGHI

Os confrontos entre manifestantes cristãos e as forças de segurança do Egito recomeçaram nesta segunda-feira, segundo fontes do setor de segurança. Centenas de pessoas lançavam pedras contra policiais, nas proximidades de um hospital no centro do Cairo.

Pelo menos 24 pessoas foram mortas quando cristãos, furiosos com um recente ataque a uma igreja, entraram em confronto na noite de domingo com muçulmanos e as forças de segurança nas proximidades da televisão estatal, no centro da capital egípcia.

As fontes oficiais disseram que os confrontos desta segunda-feira ocorrem perto de um hospital no Cairo onde são mantidos corpos das vítimas cristãs. Os funcionários pediram anonimato, pois não podiam falar à imprensa, e não tinham informações sobre mais feridos ou mortos.

O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, convocou uma reunião do gabinete de emergência após os confrontos do domingo, informou a TV estatal. A maioria dos 24 mortos era de cristãos coptas. A reunião, que deve ocorrer na tarde desta segunda-feira ocorre após pelo menos 40 pessoas serem presas no centro do Cairo durante a noite, após manifestações de coptas no distrito de Maspero. Mais de 200 pessoas ficaram feridas na violência.

A maior autoridade muçulmana do Egito, o Grande Imã de Al-Azhar Ahmed al-Tayyeb, convocou um diálogo de emergência entre líderes muçulmanos e cristãos, após os piores confrontos desde a queda do presidente Hosni Mubarak em fevereiro, informou a TV estatal.

Os confrontos no distrito de Maspero ocorreram quando cristãos coptas protestavam contra um recente ataque a uma igreja na cidade de Assuã, no sul egípcio. Os coptas reclamam de discriminação sistemática no país. Além disso, desde a queda de Mubarak, a tensão tem crescido entre os grupos responsáveis pela revolta que acabou com a ditadura e o Exército, visto como relutante na realização de reformas democráticas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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