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Separatistas montados em cima de um blindado, próximo a Slaviansk, no leste da Ucrânia | Baz Ratner/Reuters
Separatistas montados em cima de um blindado, próximo a Slaviansk, no leste da Ucrânia| Foto: Baz Ratner/Reuters

40 pessoas morreram em um incêndio na semana passada que ocorreu no prédio de um sindicato de Odessa. O prédio pegou fogo após conflitos entre ativistas pró-Rússia e apoiadores do governo.

67 milicianos que estavam presos em Odessa foram libertados por ativistas pró-Rússia no domingo, após atacarem a delegacia da cidade. Para evitar novas fugas, o Ministério do Interior transferiu outros 42 que continuavam presos na cidade.

Pelo menos dois soldados ucranianos e 20 milicianos pró-Rússia morreram ontem em confronto no quarto dia de ofensiva do Exército da Ucrânia contra os separatistas que ocuparam a cidade de Slaviansk, um dos bastiões da revolta no leste do país. As forças ucranianas conseguiram controlar a torre de televisão de Slaviansk, que fica no vilarejo de Andriivka, entre a cidade e Kramatorsk. Segundo o ministro do In­terior, Arsen Avakov, dois soldados morreram na ação e houve mais baixas em combates na região.

Avakov afirma que os combates estão sendo intensos e que os milicianos pró-­Rússia teriam recebido reforço de veteranos de guerra e militares que serviram nos Exércitos soviético, russo e ucraniano. Os milicianos também reconheceram a morte de pelo menos 20 combatentes, em comunicado à agência de notícias russa Interfax.

Os números totais ainda não foram confirmados pelas autoridades russas e pelos separatistas, que desde o início de abril ocuparam a região de Slaviansk. O grupo quer a independência da província de Donetsk, uma das principais do leste ucraniano, e desejam anexá-la à Rússia.

Apoiado pelos Estados Unidos e a União Europeia, o governo ucraniano considera os milicianos terroristas e acusa a vizinha Rússia de ter influenciado a revolta. Já Moscou acusa Kiev de agir com truculência contra os separatistas e de apoiar grupos neonazistas para combater no leste do país.

Odessa

A situação se agravou na semana passada, quando os ativistas pró-Rússia começaram a se rebelar em Odessa, cidade no sul ucraniano, onde 40 pessoas morreram em um incêndio em um prédio tomado por manifestantes na última sexta.

Hoje, o presidente ucraniano, Oleksander Turchinov, disse que seu governo é alvo de uma guerra que, segundo ele, fracassou na cidade. "As autoridades funcionam em Odessa. Os separatistas enfrentam uma verdadeira resistência dos patriotas locais".

Anteontem, no entanto, os ativistas pró-Rússia conseguiram liberar 67 colegas presos após atacarem uma delegacia da cidade. Após a libertação dos presos, o Ministério do Interior exonerou toda a cúpula da polícia local e transferiram outros 42 presos que permaneciam na cidade.

Mais cedo, a Chancelaria russa divulgou um informe sobre a violação de direitos humanos na Ucrânia, acusando grupos de extrema-direita e neonazistas de terem cometido crimes contra a população do leste do vizinho. No comunicado, a Rússia pede à comunidade internacional que não tome partido na crise ucraniana e busque uma solução para o conflito.

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