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A polícia chilena prendeu nesta quinta-feira (2) 32 pessoas em meio aos confrontos ocorridos na Universidade de Santiago, lugar onde em 2011 ocorreram manifestações de estudantes que exigiram do governo chileno uma educação pública gratuita e de qualidade.

"Os distúrbios deixaram 32 detidos. Cerca de 50 pessoas entraram em confronto com policiais na Universidade de Santiago", disse à AFP uma fonte policial que pediu para não ser identificada.

Os incidentes começaram na manhã desta quinta-feira quando manifestantes encapuzados tentaram bloquear a emblemática avenida Alameda da capital chilena, sendo repelidos pela polícia com o uso de jatos d'água e agentes químicos.

Os encapuzados escaparam da polícia e entraram na Universidade de Santiago, e de lá lançaram bombas incendiárias, cadeiras e pedras contra os oficiais, constatou a AFP.

A polícia entrou na universidade, com a permissão do reitor Juan Manuel Zolezzi, depois que os manifestantes deixaram um funcionário levemente ferido e destruíram o mobiliário.

"Registramos distúrbios que estavam provocando danos à propriedade da universidade, as portas do escritório de recursos humanos foram quebradas, um guarda foi agredido e estavam começando a comprometer o mobiliário", disse Zolezzi à radio Cooperativa.

O reitor justificou a entrada da polícia com o fato de os manifestantes serem "gente que não era da universidade".

Passeatas

A Universidade de Santiago foi o ponto de partida de algumas das mais de 40 passeatas que por mais de seis meses foram realizadas por estudantes universitários e secundários durante 2011.

Os estudantes exigiram mudanças no sistema educacional chileno, herdado da ditadura militar (1973-1990), que reduziu a menos da metade o aporte público à educação e impulsionou a entrada dos privados.

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