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A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ouve discurso do presidente Joe Biden sobre a economia nacional e a necessidade de seu pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, na Casa Branca, 5 de fevereiro
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ouve discurso do presidente Joe Biden sobre a economia nacional e a necessidade de seu pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, na Casa Branca, 5 de fevereiro| Foto: Stefani Reynolds/ Pool/ Getty Images/ AFP

As duas Câmaras do Congresso dos Estados Unidos aprovaram nesta sexta-feira (5) uma resolução que abre caminho para a ratificação do pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão, proposto pelo governo de Joe Biden. O Senado aprovou a medida, que permite que o pacote seja aprovado por maioria simples, por 51 votos a 50 - após o voto de desempate da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Mais tarde, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a resolução, enquanto o presidente americano se reunia com lideranças democratas da Câmara e legisladores movem o foco para a elaboração dos detalhes do pacote de apoio.

A votação na Câmara, que terminou em 219 a favor e 209 contra o dispositivo, marcou mais um passo na reconciliação do orçamento, um processo que permitiria aos democratas aprovar o pacote de ajuda por maioria simples, sem o apoio republicano no Senado.

Agora, os democratas se voltarão para acertar os detalhes do pacote ao longo de várias semanas, incluindo decidir quem terá direito a pagamentos diretos de US$ 1,4 mil e se o salário mínimo será ou não aumentado para US$ 15 por hora.

Durante a reunião na Casa Branca, os líderes dos comitês da Câmara apresentaram vários elementos do projeto. O deputado democrata Richard Neal, presidente do Comitê de Formas e Meios, disse que o grupo discutiu quem deveria receber os cheques previstos no plano. Biden indicou que está aberto a direcionar os cheques de forma mais restrita.

O último relatório de emprego, divulgado nesta sexta-feira, mostrou que o mercado de trabalho permaneceu fraco, com a economia dos EUA criando 49 mil novos empregos em janeiro, depois que a folha de pagamento caiu drasticamente em dezembro. Biden disse que espera o apoio de alguns republicanos no pacote de estímulos, mas novamente indicou que os democratas seguiriam em frente sem o apoio bipartidário.

"Existem algumas pessoas realmente excelentes que querem fazer algo. Mas eles simplesmente não estão dispostos a ir tão longe quanto eu acho que temos que ir", afirmou Biden.

Voto de Minerva

A resolução orçamentária que abre caminho para que a proposta de pacote fiscal de Biden seja ratificada sem precisar do apoio de senadores republicanos foi aprovada pelo Senado americano na manhã desta sexta-feira, após uma sessão de debates que virou a madrugada. A matéria foi avalizada com o voto de Minerva da vice-presidente Kamala Harris, que acumula a presidência da Casa.

O texto, que havia recebido aval da Câmara dos Representantes na quinta-feira, concede ao plano de Biden a possibilidade de tramitar por meio do dispositivo conhecido como "reconciliação". O dispositivo precisou passar novamente pela Câmara porque recebeu emendas no Senado. Através dele, é possível contornar a obstrução da oposição e aprovar o projeto por maioria simples, o que favorece a legenda governista. O recurso, no entanto, só pode usado para pautas relacionadas ao orçamento.

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