• Carregando...

O Senado dos Estados Unidos autorizou na sexta-feira a construção de uma cerca ao longo da fronteira de Estados Unidos com o México, enviando ao presidente George W. Bush, antes das eleições de 7 de novembro, um projeto de lei que os Republicanos acreditam irá mostrar o esforço da atual administração em conter a imigração ilegal.

O projeto de lei elaborado pelos Republicanos, autorizando a construção da cerca de 1.125 quilômetros, foi um dos últimos antes dos congressistas deixarem Washington para as campanhas eleitorais. Com 80 votos a favor e 19 contra, o Senado aprovou o projeto de lei, que já havia passado na Câmara dos Deputados e agora tem de ser assinado pelo presidente.

Bush havia elaborado uma legislação de imigração mais ampla, que criaria um programa de trabalhadores convidados para fornecer mão-de-obra para trabalhos que os americanos não podem ou não querem fazer. Mas ele não conseguiu a aprovação do Congresso.

Um projeto de lei separado, aprovado pela Câmara e pelo Senado na sexta-feira, garante US$ 1,2 bilhão para financiar a cerca e outras medidas de segurança na fronteira. O dinheiro faz parte de orçamento de US$ 34,8 bilhões para programas de segurança doméstica para o ano fiscal que começa em 1o. de outubro. Os dois projetos precisam ser assinados por Bush.

Opositores da medida afirmam que a cerca é cara e não é efetiva.

O ministro das Relações Exteriores do México, Luiz Ernesto Derbez, disse na sexta-feira que o México iria enviar uma nota diplomática aos Estados Unidos para reclamar da cerca.

- Nós vamos mandar uma nota que dirá respeitosamente à Casa Branca as razões pelas quais o governo mexicano pensa que esta não é a solução acertada e que poderia ser motivo de descontentamento entre os dois países - disse.

Estima-se que 1,2 milhão de imigrantes ilegais foram presos ao longo da fronteira dos Estados do Texas, Novo Mexico, Arizona e Califórnia no ano passado.

Os Democratas acusam a maioria Republicana de uso político da cerca, após destacar a imigração como um das prioridades no ano eleitoral, mas ter pouco a mostrar em termos de legislação.

- Isso é por causa (das eleições) de novembro. Isso é proteção de cargos, não é proteção de fronteiras - disse o líder democrata no Senado, Harry Reid.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]